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Renan entrega DVD contra Lyra, o seu adversário

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Maceió (AE) – O DVD que o presidente licenciado do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), entregou ao senador Jefferson Peres (PDT-AM), junto com a defesa, teria um depoimento do ex-tentente-coronel da Polícia Militar Manoel Francisco Cavalcante, sobre os bastidores do crime organizado em Alagoas e o suposto envolvimento do ex-deputado João Lyra (PTB-AL) na morte do tributarista Sílvio Vian-na, assassinado a tiros em 28 de outubro de 1996, em Maceió.

Para os assessores de Lyra, Renan decidiu defender-se atacando para descredenciar o principal rival em Alagoas. Foi Lyra que o denunciou por ter, supos-tamente, usado laranjas para comprar emissoras de rádio e jor-nal, numa "sociedade secreta" com ex-parlamentar. Ao ser ou-vido pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), o ex-deputado apresentou recibos as-sinados pelo primo de Renan Tito Uchoa, compro suposta prova da transação comercial.

O caso é investigado pelo Conselho de Ética e Decoro Par-lamentar do Senado e tem como relator Peres, que programou uma visita a Alagoas para ouvir Lyra e outras testemunhas sobre a negociação dos veículos de comunicação adquiridos por supostos prepostos de Renan. O Conselho de Ética decidiu ouvir também o juiz Marcelo Tadeu, responsável pela denúncia-crime contra Lyra, acusando-o de envolvimento na morte de Vianna.

No domingo (28), haverá uma grande passeata pela orla de Ma-ceió, contra a violência e a impu-nidade. As entidades que organi-zam o movimento querem a federalização do caso Vianna, que 11 anos depois continua sem pu-nição. As entidades querem tam-bém a federalização dos casos de crimes de mandos que também continuam sem punição, incluin-do os crimes por queima de arquivo praticados contra testemunhas e acusados na morte de Vianna.

A denúncia-crime contra o ex-deputado foi protocolada há um ano no STF porque à época Lyra tinha direito a foro privilegiado, mas como perdeu o mandato, o processo foi devolvido a Alagoas, por recomendação do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, depois de pedir algumas diligências realizadas pela Polícia Federal.

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