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Reparar, apontar… fogo

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Lauro Jardim

Um dos mantras de Jair Bolsonaro é que, se o cidadão tiver uma arma em casa, estará mais seguro. Beleza. Só que o brasileiro diverge da crença de Bolsonaro. De acordo com uma pesquisa nacional inédita do Ibope, apenas 31% dos brasileiros “concordam totalmente” com essa afirmação. Outros 13% “concordam em parte”. Mais: aqueles que são contrários à flexibilização da posse de armas somam 61% dos entrevistados (37% são favoráveis). Neste ponto, há uma discrepância de opiniões entre os extratos sociais. Quem tem renda familiar acima de cinco salários mínimos, apoia a flexibilização da posse (53%). Já entre aqueles cuja renda familiar não chega a um salário mínimo, apenas 30% são a favor.
Vai nessa…
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, convicto candidato (por enquanto de si mesmo) à Presidência em 2022, resolveu falar manso sobre o assunto com Jair Bolsonaro, que mira a reeleição. Prometeu que só entrará na disputa se o capitão estiver fora dela. Bolsonaro acumula tempo suficiente na política para não acreditar.
Tô fora Witzel convidou Marcelo Bretas para se candidatar à prefeitura do Rio de Janeiro no ano que vem, com o seu apoio, claro. Bretas não topou.

Cabo eleitoral Rodrigo Maia tem dito a quem o pergunta que apoia Raquel Dodge na disputa pelo comando da PGR. Não custa lembrar que todos os processos contra Maia dependem da caneta de Raquel, pelo menos até setembro, quando acaba o mandato dela.

Sai para lá
Os militares começam a distribuir antídotos públicos contra a eventual ameaça de se tornarem sócios de um governo problemático. O comandante do Exército, general Edson Pujol, deu um recado explícito nas suas Diretrizes, documento publicado recentemente em que discorre sobre o rumo que pretende dar à Força. Nele, Pujol frisou a vinculação da farda ao Estado, não ao governo. Escreveu que, “em tempos instáveis”, com “ameaças difusas”, o Exército se mantém como “instituição de Estado, lúcido e cônscio”.
Ao seu comando
Nesse cenário, Pujol olha para dentro e para baixo: se irrita com oficiais que se arriscam a falar pelo Exército, seja intramuros ou nas redes sociais. Quando fica sabendo de algo neste tom, puxa a orelha e deixa claro que mais ninguém, além dele próprio, pode se pronunciar em nome da Força.
O fim de um monopólio
Depois de um ano de negociação, finalmente um dos mais resistentes monopólios do Brasil caminha para o seu fim. Ainda em junho, Cade e Petrobras assinam o acordo que obrigará a estatal vender 50% de suas refinarias. Para que não sejam criados monopólios privados, o Cade exigirá que a Petrobras não passe as refinarias localizadas numa mesma região para as mãos de um só grupo privado. A ideia é acirrar a competição para – este é o objetivo maior – tentar reduzir o preço dos combustíveis.
Mais uma
Paulo Barreto, funcionário da mesa de câmbio do Banco Paulista, preso em maio na 61ª fase da Lava Jato, está negociando sua delação. Pelo Paulista passaram R$ 330 milhões entre lavagem de dinheiro e transferência ilegal de dinheiro em favor da Odebrecht, de acordo com o MPF.
Quem não vê? Até Flávio Bolsonaro admite reservadamente que o governo tem graves problemas de articulação política.

Ministério de ferreiro

Paulo Guedes deve uns trocados à máquina que comanda. A GPG Gestão de Recursos, empresa que pertence ao ministro e ao seu irmão, Gustavo, está inscrita na dívida ativa da União. A pendência: quatro débitos tributários que somam R$ 105.776,82.

Sem risco

A compra da Avon pela Natura será aprovada pelo Cade em menos de 30 dias depois de submetida ao órgão.

Liquidação total

Foi de R$ 430 milhões o valor da venda da sede da Odebrecht na Marginal Pinheiros (SP). Os compradores, a SDI Gestão e a Berzel, são, na verdade, veículos do GIC, o fundo soberano de Singapura.
De mãe para filho
Da dívida de R$ 11,9 bilhões que a Atvos, empresa de açúcar e álcool da Odebrecht que pediu recuperação judicial na quarta-feira passada, tem, R$ 7,450 bilhões eram com o BNDES e o Banco do Brasil. São, de longe, os maiores credores. Ah, com a Caixa a dívida é de R$ 570 milhões. Esses bancos estatais sempre foram uma mãe para a Odebrecht.
Presença internacional
Em dois anos investindo na carreira internacional, o número de streams das músicas de Anitta no Spotify cresceu 2.314%. E, surpreendentemente, 40% dos streams da cantora na plataforma vem do exterior. Depois do Brasil, o campeão de ouvintes é o México, seguido por EUA, Espanha e Argentina.
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