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Resgate de vítimas leva uma semana

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LOCAL - A FAB liberou foto do local onde o Boeing caiu

Matupá (MT) – Os primeiros relatos da equipe de resgate da Força Aérea  e do Exército que dormiu na selva na noite de sábado para domingo, no local  em que caiu o Boeing da Gol, informaram que “só por milagre” poderão ser encontrados  sobreviventes. O resgate dos corpos, disseram, deve durar até oito dias.

Os militares revelam que há uma grande concentração de destroços em uma única  área e um forte cheiro de corpos queimados. Uma fonte disse que o cheiro dos  corpos é tão forte que “chega a penetrar o interior dos helicópteros, mesmo  com as portas fechadas”.  Equipes da Força Aérea Brasileira  e do Exército conseguiram  ontem remover os dois primeiros corpos de vítimas do acidente envolvendo  o Boeing 737-800, com 155 pessoas a bordo, que fazia o vôo 1907 da Gol, entre  Manaus e Rio, com escala em Brasília. A identificação começará a ser feita na  Base Aérea de Cachimbo, no Pará, mas os trabalhos podem ser estendidos a Cuiabá  (MT) e Brasília (DF), nos casos em que for necessário exames de DNA. A equipe de resgate chegou ontem ao local em que caiu  o avião. São 11 militares da Aeronáutica e 5 soldados do Exército.

Os militares do Exército e da Aeronáutica, bombeiros e peritos da Polícia Federal  estão usando a fazenda Jarinã, local onde caíram os destroços do Boeing da Gol,  como base inicial para montar a logística do resgate dos corpos dos passageiros  e tripulação do avião. Os corpos devem ser levados até a fazenda e dali, por  helicóptero, para o Campo de Provas e Treinamento Brigadeiro Velloso, no município  de Cachimbo.

Segundo o gerente da fazenda Agropecuária Jarinã, Nilton Bicalho, ele não ouviu  o estrondo do acidente e da queda porque estava trabalhando em cima de um trator.  Mas os funcionários, afirmou Bicalho, relataram no final da tarde de sexta-feira  o acidente. “Antes de ver o noticiário na TV, não tínhamos idéia de que algo  tão grande havia acontecido”, afirmou o gerente. As emissoras de TV foram as  primeiras a entrar em contato com a fazenda. Um funcionário da fazenda disse a Bicalho que ouvira “um grande estrondo” e,  logo em seguida, o avião da Gol “se movimentando bruscamente, rodopiando e despencando”.   

O comando da missão de busca do Boeing 737-800 da Gol, que caiu na tarde de  sexta-feira no norte de Mato Grosso, espera a partir de hoje conseguir pousar  helicópteros na área próxima ao local da queda. Desde a tarde de sábado, equipes  especializadas em operações desse tipo começaram a abrir uma clareira perto  dos destroços do avião, para a aterrissagem dos aparelhos.

Anac confirma colisão de jato com Boeing

Brasília – A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil, Denise  Abreu, informou que a primeira avaliação do que está gravado nas caixas-pretas  do jato Legacy, da Embraer, é a de que houve uma colisão com o Boeing 737-800  da Gol que caiu na selva amazônica na sexta-feira (30) com 155 pessoas a bordo.  A diretora abriu entrevista coletiva, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek,  em Brasília, fazendo um pronunciamento dirigido aos parentes das vítimas.  Denise Abreu disse que a Anac produzirá diariamente, para os parentes, dois  boletins com informações sobre as operações de busca e resgate no local do acidente,  na divisa entre Mato Grosso e Pará. Esses boletins, segundo a diretora, serão  divulgados com o objetivo de acalmar os parentes e familiares, que reclamam  de falta de informações.

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