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Reta Tabajara está toda deteriorada

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TRAVESSIA - Rota obrigatória para quem vai ao Seridó ou Oeste está deterioradaPassagem obrigatória para quem vai aos municípios do Seridó ou a Mossoró, a reta Tabajara,  está completamente deteriorada e esburacada. A pista vem sendo constantemente remendada, mas não tem jeito. Basta uma chuva para os buracos voltarem. A malha viária está totalmente acidentada e com buracos profundos. Carros quebrados na pista são cenas corriqueiras.

Em uma borracharia próxima, o movimento de veículos com problema de pneu é intenso. O borracheiro José Ferreira da Silva Filho fala que escuta muitas reclamações de caminhoneiros sobre a má qualidade da pista naquele trecho.Ele diz que na parte da noite, devido à pouca visibilidade, muitos carros passam nos buracos e estouram o pneu. “Tem noite que são três, quatro carros parados na pista com pneu estourado ou roda amassada”.

O que mais preocupa são os riscos de colisão. Nos pontos mais problemáticos, os motoristas são obrigados a fazer um verdadeiro zigue-zague para desviar dos buracos, muitas vezes entrando na contra-mão. E os buracos estão por toda a parte, sendo praticamente impossível desviar de todos eles. A falta de acostamento e animais circulando livremente aumentam o perigo.

A funcionária da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Carmen Real, fala que a situação está muito séria. “É uma sucessão de crateras e você tem que desviar. Estamos pondo nossa vida em risco”, disse ela, lembrando que foi numa situação semelhante que um colega morreu recentemente junto com quase toda a família. “Ele foi desviar de um buraco e colidiu de frente com outro veículo”, contou ela, que chamou atenção também para os animais na pista. Arnaldo Pinto da Silva é motorista de ônibus da prefeitura de Macaíba e todos os dias passa pela reta Tabajara. Ele disse que a pista está péssima.

Arnaldo confirma que à noite é grande a quantidade de carros que caem nos buracos e quebram a roda. “São de três a quatro toda noite. Quando chove, então, esse número aumenta. E também acontecem acidentes. Está muito ruim a situação. Todo mundo reclama”. 

No ano passado, a TN percorreu o trecho e constatou os mesmos problemas. Na ocasião, encontrou o cobrador de ônibus José Mário Martins, 28 anos, uma das vítimas da situação precária da estrada. Ele se acidentou quando dirigia sua moto no sentido Macaíba-Natal e passou por cima de um buraco.  A moto teve os dois pneus estourados e capotou várias vezes.

Obra de recuperação termina em dois anos

O problema da reta Tabajara só será resolvido definitivamente dentro de dois anos, quando está previsto o término do serviço de recuperação total do asfalto e construção de acostamento. A obra, orçada em R$ 20 milhões, está em andamento. Até aqui, R$ 6 milhões desse total foram liberados. Paralelamente, a empresa responsável pelo serviço vai tapar todos os buracos que forem aparecendo.

A informação é do diretor regional do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), José Narcélio. Ele disse que o trecho da reta Tabajara, entre Lajes e Macaíba, é muito antigo e, por isso, requer uma intervenção pesada.

Segundo Narcélio, o trabalho de tapa-buraco não resolve. “Naquele trecho há um problema de infiltração. Basta chover e os buracos voltam”, disse o diretor regional do Dnit, informando que o serviço de dreno, para impedir que a água se infiltre nas laterais, já começou a ser realizado.

Publicado edital para obra na BR-226

O trecho da BR-226 que passará por obras é o compreendido entre Campo Grande e Patu. O edital foi publicado esta semana e a licitação será aberta no dia 15 de setembro. Segundo José Narcélio, esse é o pior trecho de rodovia do Rio Grande do Norte.

“O trecho, com extensão de 47,2km, foi construído há 17 anos pelo Governo do Estado e entregue agora ao Dnit. A intenção é começar a obra assim que licitarmos. Ela está orçada em R$ 2,2 milhões”, diz Narcélio.

Em relação à obra da BR-304, licitada em 2005, houve um atraso no início dos serviços porque o contrato só foi assinado em julho deste ano. A obra está orçada em 37 milhões e compreende o trecho que vai de Mossoró a Angicos.    

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