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Retorno lento ao pré-crise

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Brasília (ABr) – Os países latino-americanos podem demorar muito para recuperar os indicadores sociais de antes da crise econômica mundial de 2008, afirmou ontem o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para a América Latina e o Caribe, José Graziano da Silva. Ele ressaltou que existe uma relação profunda entre a economia e a fome.

“Os países não têm uma institucionalidade para enfrentar o tema de segurança alimentar. Não têm leis nem instituições, mas também não têm um sistema tributário de arrecadação que permita ter políticas sociais como o Bolsa Família, Fome Zero”, afirmou ontem o representante da FAO à Agência Brasil durante o lançamento da campanha 1billionhungry (1 bilhão com fome, na tradução literal), na abertura da 17ª reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Segundo ele, um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) apresentado ontem (1) em Nova York aponta que a América Latina levou 24 anos para recuperar os indicadores sociais perdidos durante os anos 80, quando houve um aumento significativo da dívida externa de grande parte dos países da região.

“Só no início dos anos 2000 esses países conseguiram atingir a renda per capita e outros indicadores sociais da década de 80. Não podemos esperar 24 anos para poder recuperar esses indicadores, disse.

O objetivo da campanha 1billionhungry é chamar a atenção dos governos e da sociedade para o problema da fome.

Um site foi criado para que as pessoas conheçam a campanha e preencham o abaixo-assinado para cobrar dos governantes a adoção de políticas com foco na erradicação da fome.

Para a FAO, se o ritmo da redução do problema for mantido, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade, até 2015, o percentual de pessoas que passam fome não será alcançado.

De acordo com o representante do FAO, na área de segurança alimentar, o Brasil serve de exemplo para o restante da América Latina e também para o Continente Africano. “Estamos fazendo uma grande força para levar à África os principais programas do Brasil de combate à fome”, disse.

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