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Retratos de Osair

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Woden Madruga
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Hoje temos o lançamento do livro de Osair Vasconcelos, “Retratos fora da parede”, começando ás 18 horas na Galeria Fernando Chiriboga, do Miduei (terceiro piso), onde todas as tribos vão se encontrar. Noite esticada até porque é dia de Santo Antônio, o casamenteiro. Fogueiras ainda se acendem. O livro, que reúne crônicas, tem prefácio de Marcius Cortez, também cronista e crítico de cinema e que já foi publicitário laureado nas altas rodas da Avenida Paulista, e aqui e acolá, brinda os leitores desta TN com suas deliciosas crônicas.

Marcius foi escrevendo:

– E então Osair Vasconcelos foi pintando no papel um mundo que realizasse o desejo de que todos estivessem bem. De que todos vissem o bem que faz estar bem. Ele foi pintando retratos como gosto de sol e de chuva, nunca com gosto de secas e inundação. Um mundo que lhe servisse de escudo para se proteger desse outro mundo, desse que pega pesado e que queiramos ou não, dele fazemos parte. ”

– Entendo Osair querer iludir relógios, concordo com o seu desbunde diante do muro de lagartixas. Não desmereço sua espontânea alegria porque Dali, o bichado, foi se aboletando em casa sua. De acordo, completamente de acordo com o seu saboroso rigor quando se atira à cata da palavra que semeia a boa comunicação. Comove-me seu “maravilhamento” com o beijo na praça, com sua nostalgia diante da árvore do pai. ”

E lá mais adiante, Marcus vai dizendo:

– Recebo, meu caro, esse seu novo livro como uma festa. “Retratos fora da parede” é um precioso modo de funcionar. Alumiosa é sua mensagem: entendendo as pequenas coisas, nós afinamos o nosso sentimento de mundo.

– Prezo o louvor do autor por sua bela determinação em ser diferente à realidade. “Retratos fora da parede”, tal como o peixe-pedra preza a crença na densidade da espinha ereta e do coração tranquilo. Ou parodiando Neruda, “Retratos fora da parede” faz com o leitor “o que a primavera faz com as cerejas”.

A vez de Florentino
Quem escreve a orelha do livro de Osair Vasconcelos é o biólogo e também escritor Florentino Vereda (autor de “Confesso que escrevi”, orelha de Alex Nascimento), que chegou ontem por estas bandas de Natal, vindo do Jalapão onde instalou o seu laboratório de pesquisas, para a festa de hoje no Miduei. Vereda começa assim:

– Quando Osair me pediu para escrever a orelha do seu (dele) novo livro, a Jenicleide me deu uma caixa de cotonetes e disse, muito séria: “faça um texto limpo, sem floreios e clichês. Não vá dar uma de intelectual”.

– Como se eu – que não frequento nem academia fitinesse – tivesse vontade ou capacidade para tanto. Então tá combinado. Não vou citar Nietzsche nem Schopenhauer, até porque nunca li nada deles.  Nada contra os dois filósofos, porém sou mais “As pequenas histórias” e “A cidade que ninguém inventou”, de Osair, com cenários onde realidade e ficção brincam de esconde-esconde; onde o Mestre Lau navega com Flor do Rio pelas gamboas de um rio de peixes-pedra (ou pedras-peixe) quem dia saíram para habitar a varanda duma casa com muro de pedras e uma mangueira frondosa com gatos, bem-te-vis e lagartixas vivendo o cotidiano da vida e se amando como se amam os animais.

– Escrever é arte. E arte não precisa ser explicada ou entendida. Basta senti-la. Assim como a mágica, o que mais agrada é ser enganado pelo ilusionista tirando pombos coelhos da cartola, sabe-se lá de onde vieram. É a mágica que nos leva a um mundo fantástico, com pessoas feitas de sonhos e esperanças, não apenas de osso, carne e idiotices. Este é o mundo fantástico de Osair.

– Este é o mundo em que a Jenicleide sonha viver. Obviamente, comigo ao seu lado. ”

Indecisos do Nordeste
A notícia é destaque nos jornais do Sul maravilha e foi chamada de capa de O Globo, de ontem: “Com Lula fora, total de eleitores sem candidato no Nordeste chega a 43%”. Foi repercutida na colina BR18, do Estadâo:

– A campanha eleitoral deve se intensificar no Nordeste se os pré-candidatos quiserem abocanhar a fatia de eleitores indecisos. Lá, 43% dos entrevistados pelo Datafolha não têm candidato nos cenários sem Lula. Quando o ex-presidente aparece como opção, a percentagem cai para 18%.

O Globo mostra outra avalição com os indecisos:

– A avaliação dos cenários sem Lula também indica que o percentual de eleitores sem candidato é maior entre as mulheres, com variação de 41% a 425 a depender do cenário em todo o Brasil. Entre os homens, o percentual dos que não têm em quem votar quando o petista é tirado da disputa oscila entre 25% e 26%.

– Os sem candidato também ocupam um espaço maior entre os que tem mais de 35 anos (chegando a 39% no grupo com mais de 60 anos), entre os que têm baixa escolaridade (atinge até 39% nessa faixa) e os de menor renda (alcança até 40% no grupo).

Lenha
Do leitor que se assina João de Souza Alencar, morador da rua São José, Lagoa Seca:

– É um absurdo a Prefeitura permitir a venda de lenha para fogueira na avenida Prudente de Morais, uma das mais movimentadas da Cidade. Acho esquisito também o silêncio dos órgãos ambientais. Ontem, assim pelas 10 horas da manhã, duas carroças puxadas por animais (irracionais) estavam paradas lá, exatamente na faixa preferencial dos ônibus. Outra transgressão. Nenhuma fiscalização.

Outro detalhe surreal: a lenha para a fogueira é vendida quase na calçada do quartel do Corpo de Bombeiros!

Chuvinha
Ontem, a Emparn faz registro de apenas uma chuvinha isolada em todo o Rio Grande do Norte. Foi em Baia Formosa, 5,9 milímetros.

Oratória
A Nova Acrópole de Natal está anunciando um Curso de Oratória que começa no dia 15, sexta-feira, e se estenderá até o dia 29, dividido em três etapas. As inscrições terminam hoje.

A Acrópole fica na rua Trairi, 516, quase esquina com a Praça Pedro Velho, Petrópolis.

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