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Rio Grande do Norte tem melhor fevereiro em 10 anos

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O Rio Grande do Norte teve o melhor mês de fevereiro dos últimos 10 anos em relação à criação de empregos. Os dados do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, e analisados pelo Sebrae, mostram saldo postivo de 1.899 novos empregos em fevereiro, o maior crescimento registrado desde 2012. Os números seguem a tendência apresentada em janeiro.
Paulo Guedes comemorou a geração de mais de 400 mil vagas. “Estamos definitivamente no caminho da retomada”, disse
 Foram registradas 14,495 admissões, contra 12,596 demissões. O estoque de contratos via CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) era de 436.334 no mês de fevereiro deste ano. Segundo a análise ‘Mapa do Emprego no Rio Grande do Norte’ feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado (Sebrae/RN), o Estado foi o quinto do Nordeste com melhor saldo líquido positivo. A Bahia (18.993) e o Ceará (12.343) ocuparam as primeiras colocações. Na série registrada desde 2012, apenas em 2014 também foi registrado crescimento no número de vagas (1.292).
Os setores de serviços, comércios e construção civil foram os que mais geraram postos de trabalho, com 2.519, 969 e 566 vagas, respectivamente. Por sua vez, na agropecuária e na indústria houve déficit de 1.925 e 230 vagas, segundo o ‘Mapa do Emprego no Rio Grande do Norte’ feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado. Do total de admissões, a maior parte foi em microempresas, aquelas que possuem até 19 funcionários. Foram 3.879 vagas, seguidas por 525 vagas em empresas de pequeno porte.
Segundo a análise do Sebrae, os cinco municípios com maior geração de vagas foram: Natal (2.212); Parnamirim (709); Macaíba (174) e Caicó (129). O mesmo levantamento aponta os  municípios com maior saldo negativo: Apodi (-509); Arês (-487); Baía Formosa (-439); e Baraúna (-267).
A alta no RN seguiu a tendência do mês de janeiro. O Estado iniciou 2021 com saldo positivo recorde de 2.247 carteiras assinadas.  Na série de 2012 a 2021, o maior e único saldo líquido positivo tinha sido registrado em 2014, quando 1.224 postos de trabalho foram abertos. No restante do período, houve fechamento de postos de trabalho, com pico em 2013 (-2.428). Em janeiro do ano passado, momento pré-pandemia, 1.090 vagas foram fechadas.
Recorde no país
O Brasil gerou 401.639 novos postos de trabalho em fevereiro deste ano, resultado de 1.694.604 admissões e de 1.292.965 desligamentos de empregos com carteira assinada. De acordo com o Ministério da Economia, esse é o melhor resultado para fevereiro desde o início da série histórica, em 1992, ou seja, em 30 em anos.
Paulo Guedes vê evidência de vigora da economia. “Mais uma vez, o vigor da economia brasileira, a resiliência da economia brasileira surpreendendo as expectativas”, disse, durante coletiva virtual de divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “São 400 mil novos empregos, recorde para fevereiro, é o que indica que estamos, definitivamente, no caminho certo do ponto de vista da recuperação da atividade econômica”, completou.
O mês de fevereiro, entretanto, não contempla o período de intensificação das restrições das atividades, impostas por diversos estados e municípios para o enfrentamento à nova onda de casos de covid-19. Nesse sentido, para Guedes, o foco do governo agora deve ser a vacinação em massa da população, “principalmente dos 40 milhões de brasileiros do mercado informal”, que é o grupo mais vulnerável que foi atendido pelo auxílio emergencial do governo federal.
De acordo com o ministro, cerca de 10% das novas admissões, 173 mil vagas, foram no setor de serviços, que é o mais sensível também para a informalidade. “Nós precisamos vacinar em massa para que o brasileiro informal, os quase 40 milhões de invisíveis, não fique nessa escolha cruel entre sair [para trabalhar] e ser abatidos pelo vírus ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, disse.
Com a intensificação da vacinação a partir do próximo mês, segundo ele, a população idosa estará praticamente toda vacinada, “o que significa que deve cair vertiginosamente a taxa de óbitos” por covid-19 e, então, “podemos pensar no retorno seguro ao trabalho, para que impacto [na economia] dessa vez seja menos profundo do que foi o baque em abril do ano passado”.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 40.022.748 vínculos, em fevereiro, o que representa uma variação de 1,01% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2021, foi registrado saldo de 659.780 empregos, decorrente de 3.269.417 admissões e de 2.609.637 desligamentos.
Dados isolados
No mês passado, os dados apresentam saldo positivo no nível de emprego nos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 173.547 postos, distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; indústria geral, que criou 93.621 novos empregos, concentrados na indústria de transformação; comércio, mais 68.051 postos de trabalho gerados; construção, saldo positivo de 43.469 postos; e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que registrou 23.055 novos trabalhadores.
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formais em 24 das 27 unidades da Federação. Os destaques são para São Paulo com a abertura de 128.505 postos, aumento de 1,04%; Minas Gerais que criou 51.939 novas vagas (1,25%); e Paraná, com saldo positivo de 41.616 postos (1,50%).
Os estados com saldo negativo de empregos em fevereiro são Amazonas, que teve o fechamento de 625 postos, queda de 0,15%, o primeiro estado a sofrer com a segunda onda da pandemia; Alagoas, com saldo negativo de 485 postos, diminuição de 0,14%; e Paraíba, que encerrou o mês menos 136 postos de trabalho formal, queda de 0,03%.
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em fevereiro de 2021 foi de R$1.727,04. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 47,53 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 2,68%. As estatísticas completas do Caged estão disponíveis na página do Ministério da Economia . Os dados também podem ser consultados no Painel de Informações do Novo Caged.

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