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Rio Grande do Norte tem quadro de meningite sob controle

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Apesar do registro de uma morte no último dia 24, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) afirma que o quadro de meningite bacteriana, que é transmissível por via nasal, não é grave no Rio Grande do Norte. Foram notificados 7 casos suspeitos este ano. Quatro foram confirmados decorrentes de outras doenças, apenas um caso foi causado por bactéria e os outros dois foram descartados.

Dos casos analisados, quatro foram confirmados para outras doenças, dois descartados e apenas um causado por bactéria


Dos casos analisados, quatro foram confirmados para outras doenças, dois descartados e apenas um causado por bactéria

A vítima de meningite foi Renata Kelly de Souza Dutra, 32 anos, moradora do município de Patu, região Oeste do Estado. Renata faleceu no último dia 24, dois dias depois de apresentar sintomas mais graves de febre e bolhas no corpo. Os médicos diagnosticaram meningococcemia na paciente, estágio em que a infecção atinge a corrente sanguínea e que ocorre nos casos em que a meningite é decorrente de uma bactéria.

A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, geralmente causada por uma infecção. Existem pelo menos três formas de contrair a doença. Uma delas é decorrente de bactéria e é transmissível no período de incubação (antes de apresentar os sintomas), de 2 a 10 dias. As outras formas são provenientes de vírus (como gripes mal curadas, que podem evoluir) ou fungos. Essas duas não são transmissíveis.

No ano passado, 73 casos da doença foram registrados no Rio Grande do Norte. Apenas dois foram por doença meningocócita, que é transmissível. Os casos ocorreram em Natal e Parnamirim, sendo uma das vítimas um detento do sistema prisional. Os diagnósticos foram clínicos e não laboratoriais (onde é possível identificar qual bactéria causou a infecção). Assim como Renata Kelly, os dois morreram cerca de dois dias depois de apresentar os sintomas mais graves.

Segundo a responsável pela área técnica da meningite no Rio Grande do Norte, Aline Fernandes Oliveira, quando as meningites são identificadas como oriundas de uma bactéria, a Sesap mapeia os contatos mais próximos que a vítima teve nos últimos três dias para diagnosticar e vacinar contra a doença, evitando a propagação. “Temos um quadro controlado de meningite em 2020. A meningite está no cartão vacinal das crianças e o diagnóstico por bactérias é raro”, afirma.

A situação de 2019 foi melhor em relação aos dois anteriores, 2017 e 2018. Esses anos tiveram 113 e 107 casos, respectivamente.  O ano com maior registro de transmissibilidade foi 2017, com 11 casos. “Existe um controle em relação à bactéria, que podem ser três: Meningococo, Pneumococo e Haemophilus. Todas estão no cartão vacinal da criança”, diz.

A recomendação da Sesap para evitar o agravamento da doença é ir ao médico nos primeiros dias de sintomas, semelhantes ao de outras doenças mais virais, como a gripe. A meningite é caracterizada por febre alta, dor de cabeça, vômitos e exantema (manchas vermelhas espalhadas pelo corpo). “O mais recomendado é procurar os hospitais antes que os sintomas avancem e se tornem mais graves, onde o risco de morte se torna alto. A meningite bacteriana é mais agressiva que os outros casos, mas também requer cuidado”, declara Aline.

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