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RN apresenta grandes avanços sociais

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IBGE - Aluno em sala de aula: redução do analfabetismo ainda é um grande desafio para o Rio Grande do Norte

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) resume, em mais uma pesquisa, a situação social do Rio Grande do Norte. O estudo é denominado Síntese de Indicadores Sociais (SIS) – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira/2008 e mostra que a população feminina no RN continua maior: 98,5 homens para cada 100 mulheres. Revela que o Estado está em crescente urbanização (deslocamento de pessoas da zona rural para a urbana). A taxa de pessoas morando em cidades passou de 71,8% em 2005 para 72,4%, em 2006, e 72,7%, em 2007. As conseqüências desse crescimento são aumento de problemas sociais, como violência, e segregação espacial (áreas da cidade onde há ausência do Estado).

Mostra que a mulher tem tido cada vez menos filhos (taxa de fecundidade total – número médio de filhos que uma mulher teria no final do período fértil). A média passou de 2,5 filhos em 2001 para 2,3 filhos em 2007. A redução da taxa é atribuída ao combate à gravidez na adolescência, maior planejamento familiar e facilidade de acesso a métodos contraceptivos. Confirma, por conseqüência, redução de nascimentos: a taxa bruta de natalidade (nascimentos por mil habitantes) caiu de 22,9%, em 2001, para 18,6%, em 2007. E que a expectativa de vida aumentou, ou seja, vive-se mais no Rio Grande do Norte hoje do que há seis anos. A esperança de vida total ao nascer passou de 66,7 anos, em 2001, para 70,4 anos, no ano passado.

Com isso, cresceu a quantidade de pessoas idosas (60 anos ou mais), o que exige do Poder Público melhor adequação da infra-estrutura social à terceira idade (principalmente serviços de Saúde, Educação, Previdência) e aprimoramento da assistência social ao idoso, com políticas específicas para resgate da auto-estima e da vontade de viver após os 60 anos.

Mortalidade

Segundo o supervisor de Disseminação de Informações do IBGE no Rio Grande do Norte, Ivanilton Passos de Oliveira, a pesquisa também revela redução da taxa de mortalidade infantil no Rio Grande do Norte, que caiu de 37,5%, em 2005, para 36,1%, em 2006, e para 34,8%, em 2007. Apesar da queda, a taxa continua alta, acima da brasileira (24,32%). O Estado onde menos morrem crianças é o Rio Grande do Sul (13,50%). Alagoas tem a maior taxa de mortalidade infantil do País (50,0%).

A alta taxa no Rio Grande do Norte, adverte o IBGE, exige do Estado mais empenho para melhoria das condições de habitação e do meio ambiente em benefício das crianças e do conjunto da sociedade. Sobretudo, mais investimento em saneamento básico para prevenir surgimento de doenças e ampliação da cobertura dos serviços básicos de saúde na rede pública.

Família enfrenta transformações

O IBGE constata também transformações na família potiguar e reformulação do tradicional formato de casal com filhos, provocadas pela queda de reprodução; crescimento do número de pessoas que vivem e de casais sem filhos, embora, ambos com rendimento.

Mostra ainda que, apesar dos programas públicos de transferência de renda, ainda é significativa a desigualdade de riqueza e renda no Estado. O rendimento médio mensal familiar por pessoa dos 10% mais ricos (R$1.815,16) foi 17,27 vezes maior que o dos 40% mais pobres (R$ 105,8).

Outra mudança na organização familiar é a evolução da mulher como pessoa de referência da família, que passou de 25,17%, em 2001, para 35,53, em 2007.

Maioria das famílias sobrevive com meio salário

A pobreza tem caído no Rio Grande do Norte, segundo o IBGE, mas continua a afetar de forma intensa crianças e adolescentes. A distribuição de riqueza apresenta extrema desigualdade, o que, segundo especialistas, reflete no comportamento dos jovens.

Investigação da renda per capita das famílias com jovens até 14 anos no RN, em 2007, revela que 499 mil famílias (54,9%) possuíam renda per capita de até meio salário mínimo. Pela precariedade da infra-estrutura social do Estado, não há boa perspectiva às crianças nessa faixa social, já que a renda per capita da família é importante condição para o bem-estar e futuro.

Força feminina

Acompanhando tendência nacional, a mulher do Rio Grande do Norte tem apresentado mudanças de comportamento social, como redução da fecundidade, crescente participação no mercado de trabalho, contribuição no rendimento familiar e melhor nível de escolaridade.

A média de anos de estudo da mulher potiguar ocupada a partir de dez anos de idade é de 8,5 anos de estudo, a maior média do Nordeste, ao lado de Pernambuco (8,5 anos) e Sergipe (8,5 anos). Segundo o IBGE, o aumento da qualificação das mulheres eleva sua importância na família. Em 2007, o número de mulheres ocupadas a partir de dez anos de idade, na categoria de dirigente geral, leva o RN ao 2º lugar no Nordeste, sendo superado apenas pelo Piauí.

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