O Rio Grande do Norte chega à marca das mil vítimas de assassinatos neste sábado (23), de acordo com os dados do monitoramento do Observatório da Violência no RN (OBVIO), que indica uma redução de 14,5% em relação ao mesmo período de 2017, quando 1.169 pessoas foram mortas.
Uma das vítimas mais recentes desta violência, neste sábado (23), foi o policial civil aposentado José Renildo de Morais, de 54 anos de idade, assassinado numa tentativa de assalto. Este ano, 44 pessoas morreram vítimas de latrocínio no Rio Grande do Norte.
O número supera a quantidade de vítimas desse tipo de crime, em 2017, quando 33 pessoas morreram. Ou seja, no comparativo com o período de janeiro a junho do ano passado (até a data de hoje, 23), houve um crescimento de 33,3% na quantidade de latrocínios.
Quantidade de vítimas é 14,5% menor que o registrado em igual período de 2017
Um assassinato na rua rua Souza Leão, no bairro Belo Horizonte, em Mossoró, no inicio da tarde de hoje, foi o milésimo assassinato registrado este ano no Rio Grande do Norte. O crime ocorreu na tarde deste sábado. A vítima, identificada apenas como Ediberto faleceu após os disparos de arma de fogo e uma segunda vítima do atentado, Sanderson Erick Ribeiro de 20 anos, foi socorrida para um hospital da região. Dois homens chegaram em uma motocicleta a atiraram contra as vítimas, que trabalhavam em um ponto de vebda de carnes.
As autoridades de segurança pública do Estado atribuem o número total de assassinatos menor que em 2017 às estratégias de policiamento e inteligência policial, com barreiras e atuação no combate às ações contra os membros de facções criminosas.
Entre as vítimas da violência, este ano, estão 16 policiais. A maioria deles não estava em serviço, e alguns desses assassinatos estão sob investigação para descobrir se eles foram mortos por serem agentes de segurança pública, ou foram vítimas da violência que imprime na população o medo e a mudança de comportamento.
Os últimos três finais de semana estão entre os mais violentos do ano, quebrando uma sequência com registros de redução na quantidade de mortes entre a sexta-feira e a manhã das segundas-feiras, quando são tabulados os registros de mortes violentas pelo OBVIO.
A maioria dessas mil mortes registradas até a tarde deste sábado (23) foi por arma de fogo (916 casos). Diante do cenário de violência, as polícias Militar e Civil aguardam as medidas administrativas do governo para contratação de pessoal em quantidade suficiente, ao menos, para repor o efetivo que deixa as forças de segurança por motivos que vão desde o tempo de aposentadoria, até o afastamento por doenças.