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RN continua em risco de seca extrema

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Apesar das chuvas de março, principalmente sobre as porções Oeste e Litoral do Estado, a situação de risco de seca este ano no Rio Grande do Norte não está afastada. Segundo o mapa de riscos, elaborado pelo aplicativo Monitor de Secas da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), as chuvas do mês passado contribuíram para uma redução na área de seca excepcional (S4, o mais grave) e extrema (S3) para seca grave (S2) na região do Oeste potiguar.

Os indicadores ainda mostram um aumento de área com seca excepcional (S4) na parte Central, em direção ao litoral norte. No litoral leste potiguar, os dados indicam uma redução na área de seca extrema (S3) para seca grave (S2). De um modo geral, há ainda uma ampla área que permanece com seca extrema (S3), por causa dos baixos índices pluviométricos observados.

Historicamente, o mês de março contém os maiores índices pluviométricos (acima de 300mm) em todo o estado do Maranhão (MA), Piauí (PI), Ceará (CE) e no Oeste dos estados do Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB). Valores entre 150  e 250mm, aproximadamente, também foram observados no centro-oeste de RN, oeste da BA e em uma área do litoral leste do NE, compreendida entre o litoral de RN, passando pelo litoral da PB, até o litoral norte do estado de PE.

A precipitação observada, de um modo geral, no decorrer do mês de março de 2017, mostra que os índices pluviométricos mais significativos, valores acumulados acima de 300 mm, se concentraram, principalmente, no setor norte do NE, como no norte dos estados do MA, PI e CE. No centro-sul dos estados do MA e CE também houve acumulados significativos de precipitação, no entanto os valores variaram entre 150 e 250mm, aproximadamente. Nas demais áreas do NE os totais acumulados de chuva foram inferiores a 125mm.

O acomphamento meteorológico mostrou anomalias positivas em algumas áreas do norte dos estados do MA, PI e CE, onde historicamente os acumulados são elevados. Em uma área do sul da BA, também houve anomalia positiva de precipitação, no entanto a climatologia não é elevada, quando comparada com o setor norte do NE. Nas demais áreas, as anomalias ficaram em torno ou abaixo da média histórica do período, ressaltando as precipitações elevadas registradas em áreas como no centro-sul do MA, norte do PI, centro-sul do CE, Oeste dos estados de RN e da PB (entre 150 e 250mm).

Entre a última quinta-feira (13) até a manhã de ontem (17), segundo boletim pluviométrico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) choveu em 78 dos pluviômetros monitorados, com precipitações mais fortes em municípios das regiões Central e Agreste. Em Vera Cruz, choveu 63,7 milímetros, e em Santana do Matos, 57 milímetros.

Reservatórios
O Rio Grande do Norte, considerando os 54 reservatórios  monitorados pelo Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR), da Agência Nacional de Águas (ANA), tem 39 com volume abaixo de 30% da capacidade máxima. Apenas, dois reservatórios estão com volume acima de 90% do que poderiam armazenar. O SAR monitora 47 reservatórios sob a responsabilidade do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) e sete do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Considerando apenas os 47 açudes monitorados pelo Igarn a situação é crítica: dados do dia 13 deste mês apontam que o nível de reserva total está na casa dos 17% (ou 760 milhões de m³) frente aos 4,4 bilhões de m³ da capacidade desses reservatórios.

Pelas definições da ANA, na seca extrema, ocorre grandes perdas de culturas/pastagem; escassez de água generalizada ou restrições; e na seca excepcional, registra-se perdas de cultura/pastagem excepcionais e generalizadas; escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.

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