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RN inscreve 70 projetos eólicos para novo leilão

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A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou ontem o número de projetos inscritos para o leilão de energia que será realizado em 20 de dezembro, apontando o Rio Grande do Sul com o maior número de projetos e oferta de energia de fonte eólica  – são 84 projetos, com oferta de 2.226 Megawatts (MW). Com o resultado, o estado desbanca o Rio Grande do Norte, que vinha se destacando como principal ímã de interessados em leilões que envolvem a contratação desse tipo de empreendimento, cuja matéria-prima são os ventos.  Desta vez, o RN – que inscreveu 70 projetos com oferta de 1.795,2 MW – ficou em segundo lugar no ranking.

Ao todo, 296 projetos de geração desse tipo de energia foram inscritos. O maior número está no RSPelo menos dois fatores podem explicar a mudança, diz o diretor-geral do Centro de  Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e ex-secretário de Energia do RN, Jean-Paul Prates. “Estamos num processo em que outros estados estão se preparando, concorrendo melhor”, diz. “A questão dos financiamentos também pode ter atrapalhado (o RN e outros estados do Nordeste)”, analisa, se referindo à recente decisão do governo federal de centralizar no BNDES os financiamento dos projetos de energia, antes concedidos também pelo Banco do Nordeste. “Nosso custo para escoar a energia chega a ser 4 vezes maior que o do Sul, que tem linhas de transmissão mais próximas. Isso era compensado parcialmente pela questão dos financiamentos. Agora, além de ter o custo maior, houve a retirada do BNB. Isso pode ter pesado para os investidores”, complementa.

Prates defenda a redução do encargo para transmissão da energia, que é uma espécie de pedágio, como forma de compensar a perda das linhas de financiamento. A questão teria de ser negociada junto ao governo federal.

Ao todo, cerca de 370 projetos de geração podem disputar o leilão de dezembro, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que incluirá energia gerada a partir de gás natural, de biomassa com a queima de bagaço de cana-de-açúcar e cavaco de madeira, além de pequenas centrais hidrelétricas e hidrelétricas. O leilão deverá ajudar o governo a atender ao consumo nacional a partir de 2016. Segundo nota divulgada pela EPE, os empreendimentos já cadastrados somam 24,2 mil megawatts de capacidade, pouco mais de 21% da capacidade total instalada atualmente no país.

Quase 80% dos projetos são voltados à geração de energia a partir de parques eólicos (também há projetos previstos para Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e  Rio de Janeiro. A EPE ainda vai analisar a documentação dos interessados para efetivar a habilitação dos projetos que estiverem com a papelada em ordem. O leilões são importantes porque garantem mercado para a energia, ajudam a viabilizar os projetos e a consequente geração de empregos neles.

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