Ricardo Araújo
Editor de Economia
O Rio Grande do Norte fechou 3.570 postos de trabalho em fevereiro deste ano. O número é 2,7 vezes maior que as demissões registradas no mesmo período do ano passado e um dos piores resultados para o mês ao longo de uma década. No Brasil, foi registrada a abertura de 61.188 novos postos de trabalho no Brasil, um aumento de 0,16% em relação ao estoque de janeiro. É o melhor resultado para o mês desde 2015, decorrente de 1.274.965 admissões e 1.213.777 desligamentos. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado nesta sexta-feira, 23.
Setor sucroalcoleiro foi o que mais demitiu no Rio Grande do Norte, de acordo com dados da Fiern
#SAIBAMAIS#Ao lado do Rio Grande do Norte, os maiores quantitativos de demissões ocorreram em Alagoas, com -10.698 postos de trabalho; Pernambuco, que desligou 7.381 trabalhadores; Paraíba, cujas demissões atingiram 2.758 pessoas; Rio de Janeiro com -2.750 vagas; e Sergipe, que deu baixa em 931 carteiras de trabalho. Entre as unidades da federação, 15 estados e o Distrito Federal registraram variação positiva no saldo de empregos, com destaque para São Paulo (+30.040 vagas), Santa Catarina (16.344), Rio Grande do Sul (+13.024), Paraná (+7.703), Minas Gerais (+7.288) e Goiás (+5.137).
“Esses resultados confirmam a recuperação econômica e a retomada dos empregos. As medidas adotadas pelo governo foram acertadas e estamos otimistas que esses números se repetirão ao longo do ano”, avalia o ministro interino do Trabalho, Helton Yomura.
Cinco dos oito principais setores econômicos tiveram saldo positivo. O principal deles foi o de Serviços, com a criação de 65.920 novos postos de trabalho, crescimento de 0,39% sobre o mês anterior. A Indústria de Transformação foi o segundo setor com melhores resultados (+17.363 postos), com um acréscimo de 0,24% sobre janeiro. O terceiro melhor resultado ficou com a Administração Pública (+9.553 postos), seguido de Serviços Industriais de Utilidade Pública (+629 postos) e Extrativa Mineral (+315 postos).
Apenas três setores apresentaram saldos negativos: Comércio (-25.247 postos), Agropecuária (-3.738 postos) e Construção Civil (-3.607 postos). Das cinco regiões, quatro apresentaram saldos positivos no emprego. O melhor desempenho foi no Sul, que teve acréscimo de 37.071 postos. O Sudeste teve aumento de 35.025 vagas formais, Centro-Oeste, com 14.407, e Norte, com 638. O desempenho negativo foi no Nordeste (-25.953 postos).
Fevereiros negativos
Acompanhe abaixo o histórico do mercado de trabalho para os meses de fevereiro na última década.
2008: -3.061
2009: -5.389
2010: +780
2011: -127
2012: -2.212
2013: -844
2014: +931
2015: -4.013
2016: -4.438
2017: -1.282
2018: -3.570
Fonte: Caged – Ministério do Trabalho
Emprego no RN
Compare abaixo as contratações e demissões no Rio Grande do Norte nos meses janeiro e fevereiro deste ano.
Atividades de Janeiro/2018
Indústria de transformação: – 105
Extrativa mineral: 0
Serviços Industriais de Utilidade
Pública: + 60
Construção civil: – 654
Comércio: – 524
Serviços: + 176
Administração pública: + 1
Agropecuária: – 901
Total de admissões: 11.680
Total de demissões: 12.319
Saldo: – 639
Atividades de Fevereiro/2018
Indústria de transformação: – 1.262
Extrativa mineral: – 85
Serviços Industriais de Utilidade
Pública: + 4
Construção civil: – 651
Comércio: – 443
Serviços: + 26
Administração pública: 0
Agropecuária: – 1.159
Total de admissões: 9.482
Total de demissões: 13.052
Saldo: – 3.570
Saldo é a diferença entre contratações e desligamentos. Quando está positivo significa que o número de trabalhadores admitidos superou o de dispensados.
Fonte: Caged – Ministério do Trabalho