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RN permanece ainda como área desconhecida de aftosa

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PENDÊNCIA - Bezerra não acredita no governo Ainda há pendências a serem cumpridas antes de o Rio Grande do Norte, finalmente, deixar de ser considerado área desconhecido em relação à febre aftosa. Apesar de o governo ter anunciado que a visita de auditores do Ministério da Agricultura traria novidades até o fim do ano passado, o órgão estadual responsável pelo assunto, o recém-criado Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn), admite que somente em março deverá conseguir cumprir todas as exigências. A boa notícia, entretanto, é ainda este semestre o estado poderá obter o almejado título de “zona de risco médio”, que um dia pode evoluir para “área livre de febre aftosa”.

De acordo com o presidente do Idiarn, Romildo Pessoa, as principais providências a serem tomadas são a oficialização da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) pela Emater, o cadastramento completo do rebanho e o concurso público para o Idiarn. Em relação à GTA, ele explica que a Emater já emite o documento; o Ministério quer é que o pessoal responsável por esse procedimento seja treinado e suas rotinas sejam adequadas ao Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa.

Pessoa afirma que já enviou ao governo federal a lista de técnicos aptos a liberarem a guia e a documentação necessária para oficializar o processo. O modelo foi aprovado e agora a diretoria da Emater está analisando o documento.

Quando os auditores vieram ao estado pela última vez, em dezembro, o cadastramento do rebanho estava em 91%. Segundo Romildo Pessoa, os animais faltantes pertenciam as pessoas que ou não tinham ou estavam com problemas no CPF, documento indispensável para o sistema que controla este cadastro. O presidente do Idiarn informou que foi realizado um convênio com a Receita Federal para regularizar a situação desses pecuaristas.

Outro ponto importante, a contratação de pessoal para o Idiarn, deve ser resolvido no próximo mês, quando a Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos (Searh), deverá lançar o edital para contratar a empresa que realizará o concurso – estima-se que sejam abertas 120 vagas. Com este andamento, Pessoa acredita que até março as pendências estarão resolvidas e ainda este semestre o RN receba um novo título em relação à febre aftosa. Com isso, será possível negociar animais e seus derivados com estados que já estão nesta condição, como Pernambuco, além de participar de feiras nessas regiões.

Para o presidente da Associação Norte-rio-grandense dos Criadores (Anorc), José Bezerra Júnior, o que falta para o RN é prestígio político junto ao governo federal. “Acreditar que um dia vamos deixar de ser ‘área de risco desconhecido’ eu acredito, afinal nós (criadores) estamos fazendo o dever de casa há oito anos. Mas não posso mais acreditar na palavra do governo”, diz Bezerra Júnior, referindo-se à promessa que o governo estadual fez na Festa do Boi, em outubro do ano passado, de que a visita dos auditores do Ministério traria mudanças para o RN ainda em 2006.

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