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RN registra cinco mortes por Influenza este ano

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Luiz Henrique Gomes
Repórter

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) confirmou a morte de pelo menos cinco pessoas em decorrência de gripe pelo vírus Influenza no Rio Grande do Norte em um intervalo de 18 dias, entre o dia 22 de abril e 10 de maio. Três das mortes foram na Região Metropolitana de Natal, uma no município de Pedra Grande e outra, a mais recente, em Caicó. O número representa 17% do total de 23 óbitos registrados pela pasta em 2018 por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – quando um quadro de doença respiratória se agrava, não necessariamente sendo o vírus da gripe. Sete mortes ainda estão sob investigação.

Rio Grande do Norte é o segundo Estado do Nordeste com maior cobertura vacinal, com mais de 430 mil doses aplicadas até o momento

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#SAIBAMAIS# No mesmo período de 2017, foram três óbitos por influenza. A Sesap ressaltou que a situação do vírus não representa um surto no Estado. “Uma vez que o surto é caracterizado quando há um aumento inesperado de casos quando comparado ao ano anterior. O que não acontece entre 2017 e 2018”, informou a assessoria de comunicação da pasta.

Os dados deste ano constam no Boletim Epidemiológico da Sesap, registrados até o dia 5 de maio. De acordo com o boletim, 20 pessoas foram diagnosticadas com o vírus da Influenza até essa data – um a menos que em 2017. Dessas, 13 receberam alta por cura, quatro morreram e não há informações sobre três casos. O quinto óbito causado pela Influenza ocorreu no dia 10 deste mês e, por isso, não consta no boletim. Mas a subcoordenadora de vigilância epidemiológica do Estado,  Maria de Lima, confirmou à reportagem que a causa foi o vírus Influenza A.

A quinta vítima foi uma mulher de 57 anos, internada no Hospital Regional de Caicó. Esse caso vai ser incluído no próximo boletim, a ser finalizado nesta terça-feira (15) e divulgado ainda esta semana. Os óbitos sob investigação também podem aumentar o número de vítimas do vírus Influenza. “Todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave são investigados e os dados estão sujeitos a revisão, mas não é possível afirmar que todas essas mortes são causadas pelo vírus Influenza. Podem ser outras decorrências”, afirmou Maria de Lima.

Maria de Lima afirma que “RN não tem uma situação de surto e que não há razão para pânico”

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Com exceção dessa morte, as outras quatro ocorreram em um período de oito dias, entre 22 e 30 de abril. Segundo Maria de Lima, isso ocorre pelo período inicial da circulação do vírus Influenza na região nordeste e não significa um quadro grave. “O vírus começa a circular no nordeste no período de março, quando começam chuvas. Com a circulação, as pessoas vão se contagiando ao longo dos dias e os quadros de complicação acontecem no fim de abril, é ‘esperado’”, disse. “Não é um quadro grave porque em anos anteriores também tivemos mortes causadas pela Influenza”.

Das cinco mortes, quatro foram causadas por Influenza A, que tem subtipos como a H1N1 e H3N2, e uma por Influenza B. Os casos não foram subtipados, mas Maria de Lima ressaltou que eles são semelhantes. “Hoje, o vírus H1N1 é como qualquer outro, é como o H3N2 ou Influenza B. É preciso ver todos com a mesma preocupação”, afirmou. “As pessoas temem muito a H1N1 porque foi um vírus que surgiu em 2009 e causou muitas mortes, mas hoje ele é como qualquer outro”, concluiu.

O Boletim Epidemiológico registrou 145 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave até o dia 5 de maio. Das notificações, 20 estão confirmadas como Influenza – dez são H1N1 – e oito são de outros vírus respiratórios, também sazonais.

Números
145 pessoas foram notificadas com SRAG até o dia 5 de maio

20 destes casos foram causados pelo vírus Influenza

8 foram por outros vírus respiratórios

1 por outros agentes etiológicos

38 por razões não especificadas

Óbitos

23
pessoas morreram até o dia 10 de maio

5
das mortes foram causadas pelo vírus da Influenza

11 por SRAG não especificado

7
mortes estão sob investigação

Vacinação
Confira os grupos prioritários:

Crianças de seis meses a menores de 5 anos;

Gestantes;

Puérperas;

Trabalhador de Saúde;

Professores;

Povos Indigenas;

Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;

População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional;

Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

Recomendações da Secretaria Municipal de Saúde de Natal para evitar o contágio por vírus
Cobrir o nariz e a boca com lenço, ao tossir ou espirrar, e descartar o lenço no lixo após uso;

Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar. No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel;

Evitar tocar olhos, nariz ou boca;

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza;

Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);

Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Atualizada às 8h25

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