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RN restringe entrada de frutas para evitar praga

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Esdras Marchezan Jornal de Fato

O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) vai publicar portaria, amanhã, no Diário Oficial do Estado (DOE) que restringe a entrada, em solo potiguar, de frutas oriundas das cidades paraibanas onde uma praga está atacando as plantações. A Mosca-negra-dos-Citros invadiu os plantios paraibanos desde a semana passada e é capaz de provocar a diminuição de 80% na capacidade de frutificação das espécies atingidas. Até o momento o prejuízo estimado pelos produtores do Estado vizinho chega a R$ 280 mil. Caso a praga não seja controlada, o prejuízo pode chegar a mais de R$ 2 milhões.

Laranja é um dos tipos de frutas que podem ser prejudicadas pela praga da mosca-negraNo Rio Grande do Norte a maior preocupação é que o problema chegue a regiões exportadores de frutas como o Vale do Açu (Banana e Manga), Serra do Mel (Caju) e Litoral e Mossoró (Mamão). O Estado também é oficialmente considerado área livre deste dano.

Duas equipes do Idiarn viajaram ontem para Campina Grande/PB, onde os técnicos paraibanos concentram as pesquisas para detectar o surgimento da mosca e conter seu avanço. Temendo prejuízo financeiro o Estado de Pernambuco – através da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) – proibiu a entrada de frutas da Paraíba no Estado de Pernambuco.

O diretor de defesa e inspeção sanitária vegetal do Idiarn, Magnos Lacerda explicou que diferente da portaria pernambucana a potiguar restringe apenas a entrada de frutas das regiões onde a praga foi detectada. “Nos outros casos fica permitida a entrada, mas somente com a Permissão de Trânsito de Vegetal. Caso alguém infringa a determinação e entre no Estado com frutas dessa regiões, a carga será incinerada imediatamente”, explicou.

Até o momento pelo menos 16 municípios paraibanos estão com a praga em suas plantações. “Estamos com barreiras também nos pontos de divisa para conter a aproximação dessas frutas em cidades pequenas do interior. Estamos fiscalizando supermercados também e feiras livres”, explicou Magnos Lacerda. Pelo menos 300 tipos de frutas foram atacados, entre elas tangerina, graviola, caju, banana e maracujá.

De acordo com o gerente executivo da Defesa Agropecuária da Paraíba, Jamir Macena uma das formas que o Estado tenta conter o problema é através do controle químico, por meio de inseticidas. Depois de 10 dias da aplicação as equipes realizam o controle mecânico, com a poda das árvores contaminadas. Outra forma de combate é o controle biológico, através da criação de um parasita que vai se alimentar da Mosca.

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