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RN se mobiliza para limpar mancha do desastre nas praias

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Eliade Pimentel*
Repórter Assecom
Conhecidas como Caribe Brasileiro, devido à beleza ímpar e águas mornas convidativas ao banho e à prática de esportes, são raras as situações em que praias do Nordeste geram notícias negativas. No entanto, desde o início de setembro tem surgido derramamento de óleo na costa nordestina, de origem ainda não identificada, e que está prejudicando o turismo e o comércio de pescado. Porém, o Governo do RN realiza uma grande mobilização para reduzir os danos causados por esse desastre ambiental, cujas proporções ainda não foram dimensionadas. “Estamos iniciando a alta temporada do turismo e a economia dos estados do Nordeste está bastante prejudicada, porque o óleo prejudica a vida marinha e a nossa paisagem natural”, disse a governadora Fátima Bezerra.

Último boletim divulgado pelo Idema mostra considerável redução das manchas de petróleo na faixa litorânea entre Touros e Baía Formosa. No alto, a poluição na praia de Santa Rita em setembro


Último boletim divulgado pelo Idema mostra considerável redução das
manchas de petróleo na faixa litorânea entre Touros e Baía Formosa. No
alto, a poluição na praia de Santa Rita em setembro

Fátima tem cobrado ações enérgicas da União quanto às soluções para o problema, ao mesmo tempo em que determinou a atuação imediata da Defesa Civil Estadual e do Idema (Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN) a tomarem a frente das ações de coleta das manchas de óleo, manejo e destinação do resíduo contaminante, através do Plano de Resposta e Mitigação de Desastre para tratar do derramamento de óleo nas praias. “É inadmissível que após quase dois meses do surgimento das manchas, o governo federal não tenha tomado medidas efetivas para resolver o problema. As manchas ameaçam e já prejudicam a flora e a fauna marítimas. Possivelmente, podem até afetar a saúde da população”, afirmou, após reunião realizada na sede do Idema, quando foi criado o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) no intuito de mitigar as consequências das manchas.

O Idema, por meio da articulação da Coordenadoria de Gestão Ambiental, está realizando a Operação Mancha Negra, na qual tem sido feito o monitoramento das praias atingidas, desde as primeiras ocorrências, além de ações educativas sobre os riscos e efeitos do contato dos resíduos betuminosos encontrados no litoral do RN. Durante as atividades, os agentes do Idema têm se reunido com gestores, secretários, associações, operadores turísticos, colônia de pescadores, comunidade local e donos de pousadas e restaurantes.

Estão sendo percorridos os municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo, Touros, Ceará-Mirim, Extremoz, Parnamirim, Nísia Floresta, Tibau do Sul, Canguaretama e Baía Formosa. No último boletim emitido pelo órgão, foi detectada uma considerável redução das manchas no Litoral Oriental, compreendido entre Touros e Baía Formosa. Apesar de haver o risco iminente de surgimento de novas manchas, dado o desconhecimento acerca da origem do problema, o diretor do Idema, Leon Aguiar, considera estável a situação do litoral potiguar.

“No nosso último monitoramento, [realizado quarta-feira, 23], foram verificados apenas vestígios em praticamente todas as praias. Esse quadro está relacionado às limpezas que começaram a ser realizadas de maneira mais acentuada e também ao próprio ambiente, as condições de maré, correntes e ventos”, disse. No entanto, ele alertou acerca do material que pode estar soterrado e, devido a processos erosivos e deposicionais, começa a transformar o ambiente, que é muito dinâmico. De Natal a Baía Formosa foram observados alguns pontos em Nísia Floresta, Tibau do Sul e Canguaretama. E de Natal a Touros, a Operação Mancha Negra contatou pequenos vestígios em todos os pontos percorridos, exceção de Maxaranguape. 

Por determinação do Idema, o óleo coletado pelas prefeituras deve ser acondicionado em bombonas ou big bags, que são sacolas bastante resistentes feitas com polipropileno. Os resíduos deverão ser guardados em local fechado, com piso impermeável, para evitar a contaminação do lençol freático. Por enquanto, a  destinação do material está sendo estudada, portanto, o descarte foi proibido pelo órgão ambiental. Amostras estão sendo analisadas para que o Idema decida se há viabilidade, por exemplo, de encaminhá-lo ao fabrico de cimento.

Até o momento, foram coletadas mais de cinco toneladas do material, principalmente nos municípios de Tibau do Sul e Nísia Floresta. Essa última área, mais precisamente a praia de Barra de Tabatinga, ainda é apontada como crítica. “São alguns trechos de rochas e manguezais cujo ambiente dificulta o acesso para limpeza, mas que está sendo tratada pelo CDA [Centro de Defesa Animal], da Petrobras, a pedido do Ibama”, esclareceu Leon.

Turismo potiguar reage ao desastre
As manchas de óleo que atingiram diversas praias do Nordeste brasileiro causam preocupação no setor de turismo. “Estamos junto com os empresários da hotelaria e das empresas de receptivo enviando fotos e vídeos das nossas praias para tranquilizar os turistas que vêm de todas as regiões do país e também informando as embaixadas em relação ao estado da nossa região costeira”, comentou a secretária estadual do Turismo, Ana Maria da Costa.
O RN teve mais pontos atingidos por ter um número grande de praias, por isso, em diversos momentos, foi divulgado que era o estado mais atingido. No Entanto, proporcionalmente, o RN foi um dos estados que receberam menor quantidade de óleo. “Para o turismo é muito prejudicial dissiparmos a ideia de que estamos com nossas praias completamente sujas de óleo, o que é uma inverdade”, reforça a secretária. “Estamos acompanhando a evolução das ações de perto com o Idema, Defesa Civil e com as prefeituras dos municípios e podemos afirmar que nossas praias estão lindas e limpas”, concluiu Aninha.
Gabinete de Gestão
O Governo do RN, que já havia instalado o Comando Unificado de Incidentes, no intuito de aproximar os entes federados na busca de informações e articulações das atividades para o controle e a prevenção dos danos causados pelas manchas de óleo, formou o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), sob a coordenação da Defesa Civil Estadual. Por determinação da governadora, foi criado o Plano de Resposta e Mitigação de Desastre para tratar do derramamento de óleo nas praias que atinge o RN.

As ações programadas pelo GGI foram o cadastramento online de voluntários para atuar em possíveis mutirões; capacitação direcionada dos voluntários cadastrados; continuação da Operação Mancha Negra, pelo Idema; e, em paralelo ao monitoramento, durante toda semana, houve uma nova rodada de orientação aos municípios sobre coleta e armazenamento voluntários.

O GGI conta com representantes do Idema, Defesa Civil Estadual, Defesa Civil dos municípios, Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), Capitania dos Portos, Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Ministério Público Federal (MPF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ONG Oceânica, Projeto Cetáceos Costa Branca e representantes das prefeituras de Maxaranguape e Tibau do Sul, em nome dos demais municípios atingidos.

Desde a segunda-feira (21) até as 14h de quarta-feira (23), quando o prazo foi encerrado, 1.841 pessoas se cadastraram no site do Governo do RN como voluntárias para os mutirões de limpeza do óleo nas praias do Estado, dentro da campanha #SeChegaraGenteLimpa. A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, Idema e Secretaria Estadual de Saúde realizaram nos dias 24 e 25 a capacitação dos voluntários para atuarem na limpeza das praias.

O coordenador da Defesa Civil, Marcos de Carvalho, destaca a importante participação da população nas ações. A expectativa era de que fossem cadastrados cerca de 800 voluntários, mas o número final de quase 2 mil pessoas demonstra o interesse em ajudar a mitigar o problema que atinge o litoral nordestino. “Além dos voluntários, fomos procurados pelos Escoteiros, pela Cosern, que quer fazer doação de material, pelo Sindipostos (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN) que vai disponibilizar os postos de combustíveis como pontos de coleta de produtos, como água e protetor solar, para os voluntários. E mais empresas estão aderindo à campanha”, ressaltou.

Na manhã de quinta-feira (24) foi realizada uma capacitação no Eco Posto da Apa (Área de Proteção Ambiental) de Jenipabu, com voluntários do município de Extremoz, conduzida por Dalchen Viana (Defesa Civil) e Stephane Gomes (Idema). Eles orientaram os participantes quanto à necessidade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI); peneiragem do material coletado, para evitar acúmulo desnecessário de areia; acondicionamento correto do material, para evitar contaminação do lençol freático; orientação quanto à gestão dos resíduos, que por enquanto devem permanecer isolados. 

“Considerei exitosa essa capacitação, principalmente porque reuniu a Defesa Civil municipal e outros servidores públicos. Eles serão agentes multiplicadores para a formação da turma de 40 voluntários, conforme recomendamos, que deverá ficar de prontidão para agir em casos do surgimento extrema necessidade”, declarou Dalchen. Ele sugeriu que o pessoal utilize o aplicativo Mar Limpo, disponibilizado pela Ong Oceânica, para ajudar no monitoramento das praias.A gestora de Educação Ambiental, Stephane, falou sobre o armazenamento e descarte. “De maneira alguma o material deve ser colocado em lixo comum”, reforçou.

A coordenadora do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica), que é ligado à Secretaria de Estado da Saúde, Francisca Santos, enfatizou para os voluntários quanto à necessidade do uso de EPIs e sobre os sintomas de uma possível intoxicação. “Se ao manusearem o material contaminante, vocês se sentirem cansados, enjoados, devem comparecer ao pronto-socorro e relatar que estavam coletando o óleo nas praias, para referendar o atendimento”, orientou. 

Dentre os participantes, o secretário adjunto do Meio Ambiente de Extremoz, Raul Leite, agradeceu a parceria com o Governo do Estado e se comprometeua compor a turma com 40 voluntários para o município. “Estamos em alerta para entrar em ação, caso seja preciso. Todas as orientações dadas aqui hoje foram muito importantes, porque estamos nos capacitando para enfrentar não somente esse problema, mas outros que poderão acontecer”, afirmou.

Defesa Civil destaca importância dos equipamentos de proteção para manuseio do óleo


Defesa Civil destaca importância dos equipamentos de proteção para manuseio do óleo

Sape firma parceria com pescadores
A Subsecretaria de Pesca e Aquicultura, da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), promoveu uma reunião com pescadores das colônias localizadas na região mais afetada com as manchas de óleo no litoral potiguar. A ação, fruto do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), teve por objetivo estabelecer uma pareceria para que a população pesqueira auxilie no monitoramento da incidência desse material tóxico.

“Vale ressaltar que até o presente momento o Governo Federal que é o ente responsável pela defesa, proteção e gerenciamento do mar, não apresentou ainda as informações necessárias, como a origem do óleo, nem está trabalhando na contenção dos resíduos que estão chegando às praias. Não é responsabilidade dos estados, nem dos seus respectivos municípios afetados, a reparação desses danos, no entanto a orientação da governadora Fátima Bezerraé ter uma postura proativa diante desse desastre ambiental”, ressalta o subsecretário de Pesca e Aquicultura da Sape, David Souza.

Na parceria firmada, os pescadores serão agentes importantes para informar aos órgãos competentes, inclusive à Sape, as coordenadas da visualização das manchas, data e hora, a partir daí o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn) irá no local para colher amostras do pescado e da água afetadoseprovidenciará as análises necessárias para mensurar o impacto sobre o ecossistema. O Idema irá trabalhar juntamente com a Sape no monitoramento dessas áreas.

A reunião de articulação contou com a participação de toda a equipe da Subsecretaria de Pesca e Aquicultura da Sape, além de representantes das colônias de pescadores das áreas atingidas, Idema, Idiarn, Defesa Civil e gestores municipais. Representantes do Projeto Cetáceos Costa Branca (PCCB), da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), também estiveram presentes no encontro e irão participar da ação recolhendo animais, como peixes e tartarugas encontrados nas áreas comprometidas, vivos ou mortos, para cuidados e estudos.

Governo arrecada equipamentos para limpeza nas praias
O Governo do Rio Grande do Norte iniciou campanha de arrecadação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) a serem utilizados por voluntários na limpeza do óleo depositado nas praias do litoral potiguar. As doações podem ser destinadas à unidade do Idema, localizada na avenida Nascimento de Castro, 2127, Lagoa Nova; na sede do Crea-RN, situada na avenida Salgado Filho, 1840, Lagoa Nova; e na sede da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cedec), no Centro Administrativo (Escola de Governo), das 8h às 17h. Todo o material será repassado aos voluntários, treinados pela Defesa Civil, para trabalhar diretamente na contenção dos danos provocados pelo crime ambiental.

Entre os materiais solicitados estão: pás, sacos grandes e resistentes de lixo, baldes de construção civil, bombonas, botas de borracha, óculos de proteção, chapéus, protetor solar, carrinhos de mão, espátulas, jardineiras, peneiras de pedreiro, ciscadores de metal, luvas de tecido e borracha, máscaras com filtro para produtos químicos e rolos de fita zebrada.

A arrecadação de EPI’s faz parte do Plano de Resposta e Mitigação de Desastre para tratar do derramamento de óleo nas praias que atinge o RN. “Nesse momento de alerta no Rio Grande do Norte, precisamos estruturar as ações em caso de novos registros. Para isso, estamos nos mobilizando e contando com a colaboração de todos, com o principal objetivo de dar segurança àqueles agentes voluntários que atuarão nos mutirões de limpeza”, disse o diretor geral do Idema, Leon Aguiar.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-RN) se disponibilizou para fazer o reforço da campanha de aquisição de EPI’s. Segundo a presidente do conselho, Ana Adalgisa Dias Paulino, o Crea não deve ficar omisso em um momento como esse: “Não só o turismo está sendo atingido, como também a vida aquática. Nesse momento o Conselho se disponibiliza a defender a sociedade e andar de mãos dadas com o Idema e o Rio Grande do Norte”, reforça.

Secretaria da Saúde orienta população
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) ressalta a importância de se evitar contato direto com a substância tóxica, em especial os grupos que possuem maior vulnerabilidade, como crianças e gestantes, assim como se deveevitar o contato com a água e o solo nas regiões atingidas. Quando houver contato com o óleo, mesmo que não haja o surgimento de sintomas, a população deve buscar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima.

De acordo com o Ministério da Saúde, os efeitos à saúde decorrentes da exposição aos derivados de petróleo podem ocorrer de diversas formas, como dor de cabeça, náusea e irritações na pele, em caso de contato com o material, e dor abdominal, diarreia ou vômito, em caso de ingestão.

Para os profissionais que receberão a população exposta à substância, a Secretaria de Saúde orienta a necessidade de notificação dos casos suspeitos e/ou confirmados de intoxicação exógena na ficha do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) e, em caso de surto alimentar, realizar o contato com o Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs).

A pasta também reforça que o Centro de Assistência Toxicológica do RN (Ceatox) está à disposição da população para tirar dúvidas em casos de exposição ou aparecimento de sintomas por meio dos telefones 0800 281 7005 (das 7h às 18h) e pelos Whatsapps 24h (84) 98125-1247 ou (84) 98803-4140.

Os voluntários na Operação “Se Chegar a Gente Limpa” e os trabalhadores da pesca também devem estar atentos aos cuidados necessários para se protegerem contra os efeitos que podem ser provocados pelo contato direto com a substância. É imprescindível a utilização de botas ou calçados impermeáveis, luvas PVC, óculos de proteção, chapéu ou boné, roupa com proteção UVA/UVB e máscaras descartáveis para vapores orgânicos. A atenção também deve estar voltada para a hidratação (ingestão de água) durante os trabalhos e de não fumar próximo ao local das manchas de óleo.

Outra recomendação é avaliar os pescados oriundos das áreas atingidas. É necessário observar se possuem manchas, furos ou cortes nas superfícies. O ideal é que as brânquias (guelras) do peixe estejam com a cor rosada ou vermelha intensa, brilhantes e sem viscosidade. Caso haja dúvidas sobre a qualidade do pescado ele não deve ser consumido. 

(*) Colaboraram as assessorias de imprensa do Idema, Sesap, GAC, Sape, Setur e Seap

MPF cobra ações da União
O Ministério Público Federal
(MPF) entrou com uma ação contra a União pela omissão do governo federal
no desastre das manchas de óleo que atingem o litoral nordestino. Para o
MPF, a União está sendo omissa ao protelar medidas protetivas e não
atuar de forma articulada no Nordeste, dada a gravidade do acidente e
dos danos causados ao meio ambiente. A ação foi ajuizada no dia 17 de
outubro e assinada pelos procuradores da República de todos os estados
atingidos pelo óleo.
Internos vão ajudar na limpeza

A Secretaria da
Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) disponibilizou
voluntários do regime semiaberto do Sistema Prisional para os mutirões
de limpeza das manchas de óleo, caso haja necessidade. O trabalho será
coordenado pela Defesa Civil com apoio da Seap. “Os internos
voluntariados receberão treinamento prévio para manuseio do material e
equipamento de proteção individual do mesmo jeito que o voluntariado
civil”, explicou o secretário de Administração Penitenciária, Pedro
Florêncio.

Telefones úteis
Defesa Civil: (84) 3232-5155/ 190

Alô Idema: 0800-281-1975

Projeto Cetáceos Costa Branca: (84) 99943-0058 (caso sejam identificados animais oleados)

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