sexta-feira, 19 de abril, 2024
31.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

RN sem aftosa depende do Ministério da Agricultura

- Publicidade -

Os pecuaristas do Rio Grande do Norte aguardam a definição do Ministério da Agricultura sobre a eventual mudança na classificação do Estado – hoje considerado área de risco desconhecido quanto à febre aftosa – à condição de área de médio risco ou livre. O primeiro impacto negativo para o setor, no caso de os técnicos não mudarem o parecer em abril, será o comprometimento do calendário de exposições agropecuárias 2006. Criadores e investidores de outros estados aguardam o parecer para decidirem irão participar da Expoleilão entre os dias 26 e 30.

O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, Laíre Rosado, disse que não há razão para esse temor porque o Estado cumpriu todas as exigências do Ministério à medida que a governadora Wilma de Faria sancionou ontem a lei que cria o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idia). Somente com Expoleilão, o setor deixaria de negociar cerca de R$ 3 milhões porque estados hoje considerados área livre da aftosa, como Pernambuco, deixam de participar desse e de outros eventos no RN.

Durante o lançamento da campanha de vacinação deste ano contra a aftosa e do calendário de exposições agropecuárias do RN, no Parque Aristófanes Fernandes, Laíre Rosado deixou claro que não é necessário apenas vacinar os rebanhos. “Mas, sobretudo, entregar à Emater as notas de compras das vacinas para permitir o trânsito desses animais”, disse. A campanha começa amanhã e termina no dia 30. Os criadores têm até o dia 20 de maio para informar a Emater.

Eventos agropecuários importantes, como a Festa do Boi, podem sofrer as conseqüências se não houver mudança na classificação do Rio Grande do Norte em relação à febre aftosa, segundo a Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc). Para os diretores, é importante o trabalho conjunto que os pecuaristas desenvolvem há anos no Estado.

Os fruticultores consideram que uma eventual resposta negativa por parte do Ministério da Agricultura implica, inclusive, em problemas de mercado quanto às frutas produzidas no Rio Grande do Norte. A explicação é que alguns países podem usar a manutenção da “área de risco desconhecido” para baixar os valores de contratos ou até deixar de comprar aos produtores norte-rio-grandense.

A decisão, segundo a governadora Wilma de Faria, é importante para o agronegócio do Estado. Setor que somente em 2005 movimentou R$ 125 milhões em negócios e que este ano deve superar os R$ 200 milhões, segundo a previsão dos técnicos do Governo do Estado. Os investimentos públicos em promoção das diversas atividades desse setor passaram de R$ 1,3 milhão (2005) para R$ 1,7 milhão em 2006.

Na opinião do presidente da Anorc, José Bezarra Júnior, não tem mais justificativa para o Rio Grande do Norte deixar de ser reconhecido como área de risco médio ou passar direto à condição de área livre da febre aftosa. Segundo ele, o prejuízo maior não se refere aos eventos, mas principalmente porque o RN ficará isolado em relação aos demais estados na comercialização de produtos.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas