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RN tem 45 leitos de UTI para Covid-19 bloqueados; maioria está em Natal

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Na luta contra a Covid-19, mais de duas centenas de leitos críticos exclusivos foram abertos no RN desde o início da pandemia. No entanto, a demanda de pacientes que aguardam atendimento também segue crescente. Dentre esse contingente de leitos, no entanto, um número chama atenção: o de leitos bloqueados, que são os leitos que precisam de algum tipo de ajuste antes de ser considerado disponível para receber pacientes da fila. Até o final da manhã desta quinta-feira (4), 45 leitos estavam classificados desta maneira em todo o RN, 25 deles são do Hospital Municipal de Natal, o que corresponde a 48% do contingente total de leitos da unidade hospitalar. A Secretaria Municipal de Saúde disse que há uma “falha na linguagem”.
Números de leitos bloqueados no RN é alto
O Hospital Municipal da capital potiguar é, também, o que possui mais leitos críticos de todo o RN, com 52. Destes 27 estão ocupados por pacientes (15 de UTI e 12 semi-intensivos – o que corresponde a 100% de sua capacidade entre leitos disponíveis). Outros 25 leitos estão bloqueados, por os mais diversos motivos: manutenção (8); reforma (7); falta de RH (4) e falta de monitor multiparâmetro (6). O período de bloqueio varia entre 2h (em relação a um leito que foi bloqueado por ‘falta de RH’) a 8 dias (se reportando a um leito que está ‘em manutenção’).

O processo de bloqueio de leitos garante a regulação de atendimento a pacientes que aguardam na fila virtual de espera. Até o fechamento desta reportagem, eram 100 pacientes na fila: 3 na prioridade 1, que são pacientes em situação “gravíssima” e que necessitam com urgência de um leito de UTI. Na prioridade 2, são 30 pessoas que também aguardam leitos de UTI. Já na prioridade 3, voltada para os leitos de estabilização, são 64 pessoas em espera. Mesma necessidade dos pacientes de prioridade 4, que hoje correspondem a três.

Após liberado, um leito passa a estar bloqueado enquanto é “destinado” a um paciente, conforme a fila. Muitas vezes, esse bloqueio corresponde a uma manutenção, limpeza ou procedimentos de rotina para garantir que o leito esteja pronto para receber um novo cidadão. No entanto, em outras ocasiões o bloqueio significa uma manutenção em relação a algum fator estrutural, o que custa mais tempo para que a regulação seja concluída.

Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) disponibilizados na Plataforma Regula/RN, atualizada a cada cinco minutos com os dados relativos à Central de Regulação de Pacientes no Rio Grande do Norte.

De acordo com a SMS, a pasta vai estabelecer contato
com o setor da Sesap que informa os dados para o site. O intuito, de acordo com a assessoria da SMS, é
deixar uma linguagem padronizada e de fácil entendimento para população.
Segundo a secretaria, o Hospital Municipal de Natal está com 3 leitos
de enfermaria bloqueados por falta de RH, até o final da próxima semana
esses leitos estarão desbloqueados.

Quanto aos 21 leitos que
aparecem no site com justificativa de bloqueados, por reforma,
manutenção ou falta de monitor multiparâmetro, a SMS afirma que, na verdade, alguns estão
bloqueados aguardando pacientes e outros estão bloqueados por que já existe um
paciente internado e isolado com suspeita de COVID-19, “e nesse
apartamento/enfermaria não pode internar mais nenhum paciente até a
chegada da confirmação do exame”.

Outras unidades

Três outras unidades hospitalares possuíam leitos bloqueados até a conclusão da reportagem. No Hospital de Campanha de Natal, por exemplo, 12 dos 21 leitos estavam bloqueados. No Hospital da Polícia Militar, seis dos 25 também eram classificados da mesma maneira. Em números proporcionais, o Giselda Trigueira é o que possui menos leitos bloqueados: apenas 2 dos 35. Os hospitais Tarcísio Maia e São Luiz (Mossoró); regional de Caicó; Rio Grande e Dr. Luiz Antônio – Liga (Natal), além do regional de Pau dos Ferros não possuíam leitos bloqueados até o final da reportagem.

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