Natal foi uma das três capitais cujos dados não foram levantados pelo LIRAa, mas através de outro método, a “armadilha”
O monitoramento por estado fez pesquisas isoladas nos municípios de cada unidade federativa. De acordo o Ministério da Saúde, são considerados municípios em risco aqueles que têm o índice de infestação predial superior a 3,9%. Índices entre 1% e 3,9% fazem com que o município em questão estejam “em alerta”. Qualquer índice abaixo de 1% é classificado satisfatório.
No Rio Grande do Norte, 97 municípios potiguares estão com risco de surto da doença e outros 54 estão em alerta, de acordo com o índice de infestação divulgado pela pasta. Apenas 11 cidades monitoradas apresentaram índices satisfatórios.
O monitoramento também elencou as capitais pelo país. Natal foi uma das três capitais cujos dados não foram levantados pelo LIRAa, mas através de outro método, a “armadilha”. Além da capital potiguar, Porto Alegre e Curitiba realizaram levantamento por esse método, utilizado quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente, de acordo com o Ministério da Saúde. Apenas 256 cidades de todo o país utilizaram esse sistema.
Se tratando de zika e chikungunya, o RN também apresentou redução. Quanto à zika, foi apresentado uma queda de 76,5% entre janeiro e o final de março, saindo de 36 casos no primeiro trimestre do ano contra 153 no mesmo período de 2018. Já em relação à cinkungunya, a queda foi de 9,7%. Foram registrados 392 casos neste ano contra 434 do ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os números fazem parte do primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. De acordo o Ministério da Saúde, o sistema de vigilância de estados e municípios e toda a população devem reforçar os cuidados para combater o mosquito. O Ministério da Saúde acrescenta, ainda, que o LIRAa é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
Brasil
Novecentos e noventa e quatro municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e podem registrar surtos de dengue, zika e chikungunya. O número, de acordo com informações do Ministério da Saúde, representa 20% das 5.214 cidades que realizaram algum tipo de estudo que classifica o risco do aumento de doenças causadas pelo vetor.
O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 revela que a incidência de casos de dengue no país entre janeiro e março subiu 339,9% em relação ao mesmo período de 2018. Além da situação de risco, o estudo identificou 2.160 municípios em situação de alerta e 1.804 com índices considerados satisfatórios.
(incidência/100 mil hab.)
Coronel João Pessoa (0,5)
Itajá (0)
Lagoa Salgada (0,8)
Major Sales (0,3)
Riacho de Santana (0,3)
São Fernando (0,6)
São José do Seridó (0,5)
São Pedro (0,75)
Várzea (0,8)
Vera Cruz (0)
Piores índices
Acari (23,5)
Nova Cruz (19,7)
Alexandria (18,6)
Jardim do Seridó (17,9)
Caiçara do Rio do Vento (16,2)