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RN terá Terminal Pesqueiro mais importante do NE

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O Terminal Pesqueiro de Natal será o mais importante do Nordeste brasileiro, especialmente pelo Rio Grande do Norte ser o maior polo atuneiro do Brasil e exportar para diversos países. É o que garante o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolim. Com um investimento de mais de R$ 40 milhões, o terminal deverá ser entregue no final do próximo mês de novembro, contando com cais, câmaras frigoríficas, armazéns de estocagem, prédio da administração, estacionamento e um viaduto ligando o cais à Pedra do Rosário.

Ministro Altemir Gregolin e o governador Iberê Ferreira de Souza visitaram obra ontemEm visita às obras do terminal, na manhã de ontem, o ministro da Pesca e Aquicultura afirmou que o RN tem uma posição geográfica privilegiada, em relação ao mercado europeu, o que faz com que o estado ganhe importância no segmento da pesca. “Nós liberamos já um total de R$ 30 milhões para essa obra. Foram R$ 17,8 milhões na primeira etapa e há poucos dias assinamos um novo convênio, liberando mais R$ 12,8 milhões. Teve também uma contrapartida importante do governo do estado, de mais de R$ 4 milhões. É um investimento estratégico para o Brasil”, detalha.

O ministro conta que durante os últimos sete anos, houve um aumento de 7 para 30 embarcações atuneiras em atuação no estado e esse número deverá aumentar em breve, uma vez que o o ministério  irá lançar um edital de arredamento de novas embarcações estrangeiras, por empresas brasileiras. “Teremos mais de 20 novas embarcações atuneiras, que virão pescar na nossa zona econômica exclusiva, em parceria com empresas locais”.

Ao lado do ministro, o governador Iberê Ferreira de Souza reforçou a importância do empreendimento. “Serão gerados em torno de 10 mil empregos diretos no Rio Grande do Norte, com o terminal pesqueiro. As obras estão aceleradas e queremos inaugurar a primeira etapa ainda este ano”, diz.

O Terminal Pesqueiro terá capacidade para estocar 50 mil quilos de pescado. Na primeira etapa, serão erguidos cerca de 200 metros de cais, câmaras frigoríficas, armazéns de estocagem, prédio da administração e estacionamento.

Na segunda fase, cuja licitação ainda não foi realizada, exigirá o investimento de mais R$ 15 milhões, para a construção de um viaduto ligando o terminal à Pedra do Rosário, que facilitará o trânsito de caminhões.

Processamento

Alguns empresários lamentam a falta de um salão de processamento, afirmando que um espaço destinado a processar o pescado poderia beneficiar o setor pesqueiro, por agregar valor ao produto. O consultor na área de pesca oceânica, Geraldo da Silva Souza, afirma que as expectativas com o terminal são de incremento na atividade, mas se queixa da falta da estrutura no local. De acordo com ele, a falta do equipamento significa que o peixe será estocado do jeito que chega, representando perda de mercado para os produtores. “Natal não tem indústria de pesca, só empresa de pesca, e nós perdemos muito com isso. Se pudéssemos  transformar o peixe in natura em conserva, por exemplo, hoje o segmento não estaria sofrendo as consequências da queda do dólar”, avalia o consultor.

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