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RN teve 21 ataques a bancos e Correios

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Uma quadrilha fortemente armada cerca bases da polícia e as casas dos policiais enquanto realizam assaltos na cidade. Essa cena, recorrente há alguns anos no Rio Grande do Norte, vem sendo cada vez mais comum no interior do Rio Grande do Norte em 2017. Até ontem (9), bandidos realizaram 21 ataques a bancos e agências dos Correios, em 16 cidades potiguares, segundo levantamento oficial da Segurança Pública do RN.
Quadrilhas realizaram, entre o dia 1º de janeiro e 9 de fevereiro, 21 ataques em 16 cidades potiguares
No caso dos bancos, o 12º ataque ocorreu na madrugada de ontem (9), a um terminal bancário na cidade de Florânia. Dez municípios potiguares já foram invadidos por criminosos e tiveram agências violadas: Baraúna (2), São Paulo do Potengi (2), Cerro-Corá, Japi, São José de Campestre, Tangará, Lajes, Umarizal, Santa Cruz e Florânia. Em comum, todos os ataques a bancos têm os horários entre a 1h e 3h30. Dos 12 ataques, em 10 foram utilizados explosivos e nenhum bandido foi preso.

Em três cidades do RN – Cerro-Corá, Japi e Baraúna, as quadrilhas agiram no arrombamento e explosão de agências bancárias e dos Correios. Em duas delas, esses ataques foram no mesmo dia, e simultâneos. Outras seis ações criminosas contra agências dos Correios ocorreram em seis cidades diferentes: Almino Afonso,  Equador, Lajes Pintadas, Paraná, Angicos e Montanhas.

No município de Cerro-Corá, onde uma agência do Bradesco foi explodida no dia 6 de janeiro, a agência dos Correios da cidade também foi alvo de criminosos no mesmo dia. Nas duas ações houve uso de material explosivo. Em Japi, no dia 13 de janeiro, quando ocorreu a explosão de caixa do Bradesco, a agência dos Correios também foi alvo de arrombamento. Além das ações contra agências, criminosos roubaram a carga de um caminhão dos Correios  no dia 4 de fevereiro, em rodovia que liga os municípios de Paraú e Upanema.

O titular do Comando do Policiamento do Interior (CPI), coronel Elyause Moreira, afastou a possibilidade de ligação entre a onda de explosões a caixas eletrônicos no Rio Grande do Norte e o elevado número de fugas de presos dos estabelecimentos prisionais estaduais. “Não tenho como afirmar se tem relação. Acredito que tenha mais ligação com a ação de quadrilhas especializadas. Elas sempre agem com 15 ou 20 homens, bastante armados. Eles cercam a cidade e fazem o terror”, declarou Elyause Moreira.

O coronel reconheceu o déficit de efetivo e confirmou que não há data para recomposição. Questionado sobre o quantitativo de policiais presentes nas cidades atacadas nos dias das ações criminosas, o comandante do CPI afirmou não dispor dos dados. Reconheceu, porém, que em todas elas a Polícia Militar está presente. “Nós temos policiamento em todas as cidades. Mas eles (os bandidos) sempre agem de forma a impedir a ação policial”, disse.

A Polícia Militar está contribuindo com as investigações dos casos repassando informações à Polícia Civil numa ação integrada e adiantou que irá requisitar informações aos bancos sobre a rotina de abastecimento dos terminais eletrônicos e os valores que costumeiramente são disponibilizados nas máquinas.

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