O Rio Grande do Norte teve 8.307 casos de chikungunya confirmados em 2016, segundo o boletim divulgado nesta terça-feira (7) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). O número é bem maior do que em 2015, quando foram notificados 4.703 casos e somente 7 foram confirmados.
No que se refere aos casos que evoluíram para óbito por causa da doença no ano passado, até o momento foram confirmados 33, distribuídos em 10 municípios do Estado, sendo: 18 em Natal, 4 em São Gonçalo do Amarante, 2 em João Câmara, 2 em Mossoró, 2 em Currais Novos, 1 em São Rafael, 1 em Guamaré, 1 em Macaíba, 1 em Parnamirim e 1 em Jardim do Seridó.
Já a dengue teve 63.482 casos suspeitos em 2016 e 9.686 confirmados. Os números também são maiores que em 2015, quando foram notificados 28.074 casos suspeitos e 6.023 confirmados.
O que se refere aos casos que evoluíram para óbito por Dengue Grave no ano 2016, até o momento foram confirmados 11, distribuídos em 6 municípios do Estado, sendo: 6 em Mossoró, 1 em Currais Novos, 1 Pedro Avelino e 1 Jardim do Seridó, 1 São Francisco do Oeste e 1 em Serra de São Bento.
O número dos casos de zika notificados em 2016 foi menor do que em 2015, mas o número de confirmações foi menor. Foram notificados 5.841 em 2016, com 168 confirmações. Já no ano de 2015, foram notificados 8.743 casos suspeitos de zika vírus, com 113 casos confirmados. No que se refere aos casos que evoluíram para óbito por zika no ano 2016, até o momento foram confirmados 03 óbitos, distribuídos em dois municípios do Estado, sendo 2 em Natal e 1 em Ceará-Mirim.
De acordo com Maria Lima, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, a tríplice epidemia por arboviroses ocorrida no ano de 2016 no RN aponta uma situação preocupante para o ano de 2017. “Verifica-se a existência de provavelmente mais de 90% da população do Estado, que ainda estará exposta previamente pelo vírus zika e chikungunya. Essa situação poderá contribuir para o aumento da ocorrência de epidemias com formas graves da doença, contribuindo assim para um número elevado de óbitos, já que apenas 18% dos municípios do RN estão em situação satisfatória”, alertou.
A Sesap vem intensificando as ações para um controle vetorial mais eficaz, uma vigilância e uma assistência mais qualificada para a identificação e atendimento dos casos de forma oportuna e recomenda a todos os municípios que realizem o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa)/Levantamento de Índice Amostral (LIA) até 1ª quinzena do mês de março de 2017. Esse indicador entomológico fornece informações importantes para o direcionamento das atividades de controle do Aedes Aegypti, já que apenas 18% dos municípios do RN estão situação satisfatória.
