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RN ultrapassa marca das 500 mortes

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Mariana Ceci
Repórter
O Rio Grande do Norte ultrapassou a marca dos 500 óbitos confirmados pela Covid-19. De acordo com o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, atualizado às 18h30 da última sexta-feira, 12, o Estado contabilizava 513 mortes em decorrência da doença. 
A falta de leitos ainda é uma das principais preocupações da saúde no Rio Grande do Norte ante ao crescimento dos casos
De acordo com a plataforma, o Estado conta com 13.501 casos confirmados da covid-19, com uma taxa de 385 casos para cada 100 mil habitantes. A incidência da doença no Estado, de acordo com a plataforma, é de 385 casos para cada 100 mil habitantes. Já a taxa de mortalidade, de acordo com o Ministério da Saúde, é de 19,8 mortes para cada 100 mil habitantes.
O Estado amanheceu o sábado, 13, com um número maior de pessoas aguardando na fila por leitos de Unidade de Terapia Intensiva. Na sexta, 49 pessoa aguardavam na fila, sendo 4 na prioridade 1, e 45 na prioridade 2. Já no sábado, 8 pessoas encontravam-se na lista de Prioridade 1, enquanto 49 aguardavam um leito classificadas como Prioridade 2, totalizando 57 pessoas em espera por leitos de UTI.
Outras 89 pessoas aguardavam por leitos de estabilização, entre as prioridades 3 e 4.
De acordo com a plataforma Regula RN, que possui os dados oficiais sobre os leitos disponíveis para o Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado, dos 207 leitos críticos para covid-19 no RN, 8 estavam disponíveis na manhã de sábado. Outros 171 encontravam-se ocupados (82,6%), e 28 bloqueados (13,5%). Dos 28 leitos bloqueados, a maior parte (53,6%), encontra-se nessa situação por falta de recursos humanos.
Dentre os hospitais, apenas o São Luiz, em Mossoró, e o Hospital Regional do Seridó possuíam vagas no sábado. O São Luiz dispunha 2 dois leitos de UTI disponíveis, e o Hospital Regional do Seridó, 6.
Isolamento 
Após registrar um crescimento no índice de isolamento social na última quinta-feira, 11, o número de pessoas isoladas voltou a cair no Rio Grande do Norte na sexta-feira, 12. No dia dos namorados, o Estado teve 41,8% de sua população isolada, 7,4% a menos do que na quinta-feira. 
De acordo com especialistas do Laboratório de Inovação e Tecnologia em Saúde (LAIS), o número revela mais uma tendência de queda nacional à adesão ao isolamento social do que um progresso de fato nos números do Rio Grande do Norte, que ficaram na faixa dos 41% ao longo do mês de junho, quase 20% a menos do que o recomendado pelas autoridades de saúde para garantir uma redução na velocidade de contágio da doença.
“O que podemos afirmar é que há uma queda nacional na adesão ao isolamento social. Demoramos muito a tomar uma posição mais rígida”, afirma Rodrigo Silva, pesquisador do LAIS. De acordo com ele, a dicotomia entre os discursos dos Governos Estaduais e Governo Federal “auxilia a tirar credibilidade da quarentena”. Aliado a isso, muitos estão impossibilitados de continuar sem exercer suas atividades econômicas após três meses em casa. “Há aquela parcela de pessoas que não podem mais deixar de trabalhar. Infelizmente, a nossa incapacidade de garantir o isolamento nos primeiros meses criou uma incerteza quanto ao próprio pico da doença e a previsibilidade do retorno das atividades”, diz o pesquisador.
Natal
De acordo com dados do aplicativo “Tô de Olho”, que reúne dados da In Loco, empresa de geolocalização, em uma plataforma do Ministério Público do RN, o bairro de Nova Descoberta foi o que registrou o maior índice de isolamento na última sexta, 12, em Natal. Lá, 50,4% da população manteve-se isolada, o que ainda está abaixo do recomendado pelas autoridades de saúde.
Lagoa Nova (49,4%), Capim Macio (49,4%), Cidade Alta (49,1%) e Tirol (48,8%) seguem na lista. Os bairros que tiveram as piores taxas de isolamento da cidade, por sua vez, estão localizados na zona Norte, sendo o último do raking Nossa Senhora da Apresentação, que registrou 44,4% de isolamento na sexta-feira. Pajuçara (44,9%), Igapó (44,9), Ponta Negra (44,7%), Nossa Senhora de Nazaré (44,6%) e Dix-Sept Rosado (44,6%) foram os bairros que apresentaram os piores índices da capital potiguar durante o feriado prolongado.
Lockdown
Após Guamaré, Macau, São Paulo do Potengi e Pendências decretarem lockdown na última segunda-feira, 8, as cidades de Areia Branca e Olho d’Água do Borges também resolveram aderir ao isolamento rígido para tentar conter o avanço da doença. A cidade de Itaú foi a primeira a aderir às medidas, e não registrou casos confirmados da doença após o lockdown. 
Em São Paulo do Potengi, a política teve início no último dia 4, após publicação no Diário Oficial do Município. O decreto tem validade até o dia 20 de junho. A cidade havia registrado, até então, 43 casos confirmados da doença, do quais 2 resultaram em óbitos.
Na região Oeste do Estado, uma das mais afetadas pela doença graças à proximidade com o Ceará, o Estado que apresenta um dos maiores números de óbitos e casos confirmados do país, três cidades decretaram, desde o dia 8, as medidas de isolamento rígidas. Os prefeitos de Guamaré, Macau e Pendências destacaram o “crescente número de casos em cada município e a necessidade de ações mais radicais no sentido de frear o ímpeto de infectados, fazendo reduzir a curva evolutiva da contaminação em cada território”. A medida está vigente até o dia 21 de junho.
Areia Branca, que decretou o isolamento rígido na última sexta-feira, 12, apresentou como argumento o crescente número de casos e óbitos na cidade para implementar as medidas. Até o dia 11, a cidade contava com a maior taxa de mortalidade para cada 100 mil habitantes no Estado, com 7 mortes confirmadas. Além disso, contava com 411 casos confirmados da doença. O decreto tem validade até o dia 21 de junho.
Em Olho D’água do Borges, onde há 9 casos confirmados e nenhuma morte foi registrada até o momento pela doença, o decreto terá validade até o dia 22, e prevê multas pelo descumprimento das medidas estabelecidas nos decretos, que variam entre R$ 200 e R$ 300.
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