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Roberto Carlos faz show descontraído no Machadinho

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TRADICIONAL - Fãs esperam as rosas jogadas pelo “Rei”O tempo é indiferente para Roberto Carlos. No reinado popular, uma espanada na poeira dos antigos sucessos é suficiente para arrastar a mesma multidão de sempre. No show de terça-feira, com o Machadinho lotado, o “Rei” que não vinha a Natal há dois anos assumiu todas as fases da carreira e se divertiu no palco como um cover de si mesmo. Para um público que não estava nem aí para novidades, Roberto Carlos desfilou um repertório eclético com a assinatura popular, romântica, religiosa e cafona de sua trajetória.    

O show, que não teve o luxo das metáforas ou improvisações tão comuns nos artistas de hoje, esteve impecável na parte técnica. Até as “emoções” da platéia estiveram sempre sob o controle do “Rei”, que só não esperava a falha na segurança que permitiu a invasão de duas mulheres no palco enquanto apresentava a banda. “Estava escutando uma voz que mandava eu entrar no palco. Vi que não tinha ninguém e abracei ele. Acho que o espírito da Maria Rita baixou em mim”, disse a massagista Maria Linda, 32 anos, garantindo seus 30 segundos de fama. 

Um segurança particular contratado pela Petrobras que pediu para não ser identificado considerou a falha grave. E alertou para problemas mais sérios. “Em todo o show grande isso acontece. Dessa vez foi com duas mulheres que queriam apenas um beijo, mas quem garante que alguém não possa tentar outra coisa? “, alertou.

 E como ficou explícito que nem o show do “Rei” é perfeito, a parte piegas da noite ficou por conta do Acróstico – poema criado usando as letras iniciais da musa Maria Rita. Enquanto Roberto cantava, a letra da canção passava no telão atrás do cantor e ao lado do palco.     

 Na arquibancada ou nas mesas, os fãs que berravam a cada música como se Ronaldinho Gaúcho tivesse feito o gol da Copa, queriam ver o baú do “Rei” escancarado. E de presente ainda curtiram um momento intimista do ídolo, que empunhou o violão e soltou a voz em “Detalhes”, num dedilhado que há muito não se via nos shows da realeza.                                                    

Antes do momento “banquinho e violão”, o Machadinho já havia ido abaixo quando o cantor chegou com os primeiros versos de “Emoções”. 

No repertório, Roberto Carlos separou momentos dedicados ao que chamou de “músicas ingênuas”, mesmo frisando que de ingênuo ele e sua turma não tinham nada. “A gente não era tão ingênuo assim não, mas as canções eram”, disse com aquela voz que sai do canto da boca arrancando suspiros das senhoras que disputavam à tapa o melhor lugar para ver o ídolo.  No clima da Jovem Guarda, um momento inusitado foi o Cadilac vermelho inflável, que surgiu no palco após a penumbra proposital. Roberto Carlos chegou a lembrar os animadores de auditório de antigamente, sustentando a imagem de bom menino sem descambar para as piadas de mal gosto.

Quem foi ao show, deve ter percebido que nem a palavra “mal” dos versos “Se o bem e o mal existem / Você pode escolher / É preciso saber viver…”, da canção “É preciso saber viver” aparece mais no vocabulário dele.

O final todo mundo já sabe. Rosas brancas e vermelhas para a galera, que ignorou a segurança para ver o “Rei” mais de perto. “A gente sempre vem no show do Roberto Carlos, mas minha esposa estava doente e não pôde estar aqui hoje. Em todo o show pego uma rosa para ela. Essa é mais especial”, disse o empresário Luciano Pegado, 31 anos.

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