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Robinho e mais um

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Teresópolis (RJ) – Aparentemente vaga desde o afastamento de Ronaldo da Seleção Brasileira, a camisa 9 amarela tem, no momento, Luis Fabiano como seu dono, já que Dunga parece disposto a mudar apenas o que for necessário nos seus titulares. O atacante do Sevilla, entretanto, tem dois concorrentes de peso para o posto de “homem-gol” nacional. Cada um com um trunfo diferente na briga.   Visto como principal revelação do futebol verde-amarelo nos últimos tempos, Alexandre Pato tem como credenciais a boa participação no Milan e o gol marcado em sua estréia na Seleção. Isso tudo com 18 anos.   A idade o transforma em grande esperança para o inédito ouro olímpico. Mas o ex-colorado garante: agora, só pensa no Paraguai e na Argentina, adversários do time principal nas Eliminatórias.

A preocupação com os Jogos de Pequim, que começam em agosto, fica para depois.   “Estou nas Eliminatórias e quero fazer o meu melhor nessa seleção agora. E todos vão fazer o melhor para sairmos vencedores. Todos, torcedores, jogadores, comissão técnica, querem essas vitórias e vamos fazer o nosso melhor”, disse, político, o atacante, mostrando que estar na China ainda não é o pensamento comum na Granja Comary.   Oito anos mais velho que um de seus mais fortes concorrentes ao posto de goleador de Dunga, Adriano tem metas diferentes na cabeça. O são-paulino já atingiu o auge na seleção, sendo inclusive titular na última Copa do Mundo, mas viu problemas pessoais o atrapalharem tanto na Inter de Milão quanto na equipe canarinho.

De volta depois de mais de um ano longe da camisa amarela, o atacante comemora sua recuperação. “Consegui dar uma volta por cima na minha vida de novo. Passei momentos muito ruins e decidi vir para o Brasil, para o São Paulo, e estou conseguindo reconquistar as coisas devagar. E tenho que dar continuidade no trabalho”, afirmou o agora ponderado atleta.   Por sua declarações, entende-se que Adriano não está obcecado em retomar a 9 da Seleção com rapidez. Tanto que respeita Luis Fabiano, seu companheiro usando a mesma numeração atual na conquista da Copa América de 2004, ainda sob o comando de Carlos Alberto Parreira.   “A briga é saudável. A gente tem uma amizade muito grande desde a Copa América. Vou tentar ter a maior tranqüilidade do mundo”, ponderou ele.   Se postulantes ao ataque titular não faltam, um dos dois a serem escolhidos por Dunga tem vaga cativa: Robinho. E, com o lugar assegurado, o astro do Real Madrid prefere nem comentar a briga para atuar ao seu lado com o uniforme pentacampeão mundial. “Todos os jogadores que temos no ataque são muito bons e cabe ao Dunga escolher”, disse.

Dunga deve se manter conservador

Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Gilberto; Mineiro, Josué, Júlio Baptista e Diego; Robinho e Luís Fabiano. É bem provável que seja a escalação do Brasil para encarar o Paraguai no domingo, às 16h(de Brasília), em Assunção, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, que será disputada na África do Sul. Apesar das críticas, Dunga mantém sua política de não alterar a base e deve entrar em campo com o mesmo time que venceu o amistoso com o Canadá por 3 a 2 há 11 dias.  

Depois de um leve treino físico no primeiro dia da delegação na Granja Comary, o técnico não confirmou se comandará um coletivo nesta quarta-feira. Avisou apenas que analisará todos os aspectos para escolher seus titulares. O ex-volante, entretanto, admite privilégio a quem vem com seqüência com a camisa amarela, principalmente após o corte do lesionado Kaká. 

“Vou observar os treinos. Mas os jogadores com tempo maior no time, sem dúvida nenhuma, levam vantagem – comentou o treinador, sem, no entanto, descartar mudanças. Principalmente para o clássico contra a Argentina no dia 18, no Mineirão.  Como tenho sempre feito quando venho à Granja com um tempo maior, planejo o trabalho, vejo o condicionamento físico e o que cada um necessita. Já estamos visando esses dois jogos, vendo as características dos nossos adversários e a característica do futebol brasileiro para saber o que precisamos fazer em campo”, explicou Dunga.  Se tenta fazer mistério, Dunga deixa escapar que o “triângulo” formado por Adriano, Pato e Robinho, titular na derrota para a Venezuela por 2 a 0, está praticamente fora dos planos. “Fizemos essa experiência com o Robinho, mas não é ideal”.

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