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Robinson chegou a ser investigado

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O governador do Estado, Robinson Faria, foi um dos investigados pela Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) com base nas acusações feitas pelo advogado George Olímpio, durante os depoimentos da delação premiada. Robinson era, na época da aprovação da lei que instituiu a inspeção veicular, presidente da Assembleia Legislativa. Em depoimento, George Olímpio atribuiu ao deputado Ezequiel Ferreira de Souza (na época, segundo vice-presidente) a declaração de que “a parte do leão da propina – para aprovar a lei – ficaria com Robinson”.
Por meio de sua assessoria de Comunicação, Robinson Faria informou que não há o que comentar
A pedido da PGJ, a Justiça quebrou o sigilo telefônico do celular de Robinson; ouviu os deputados Getúlio Rego e José Dias, na condição de testemunhas;  requisitou as anotações taquigráficas da sessão que aprovou a inspeção veicular e pediu ao Itep para fazer um exame grafotécnico na assinatura do despacho da presidência que incluía o projeto-lei na pauta da sessão de 15 de dezembro de 2009.

Robinson Faria também foi ouvido, na condição de investigado, pela PGJ, em novembro do ano passado, já depois de eleito governador do Estado. Os resultados das investigações, segundo o procurador geral Rinaldo Reis, não mostraram “prova direta” do envolvimento de Robinson com o suposto esquema de pagamento de propina através de Ezequiel.

Os depoimentos dos deputados José Dias e Getúlio Rego esclareceram que, mesmo as decisões de dispensa da tramitação, são tomadas no colégio de lideranças, sem a participação do presidente da Casa.

#SAIBAMAIS#Exame grafotécnico do Itep mostrou, ainda, que a assinatura de Robinson Faria no despacho incluindo o projeto na pauta de votação foi “falsificada”. Com base nesses resultados é que a PGJ pediu o “arquivamento parcial” do inquérito investigatório envolvendo o governador.

Através da assessoria de imprensa, o governador informou que não há o que comentar sobre o assunto. “Não há nada a acrescentar ao que foi divulgado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte. A  instituição possui a garantia da Constituição Federal para proceder a investigação mediante a utilização de todos os meios jurídicos, técnicos e operacionais que afastaram qualquer relação ou envolvimento com a denúncia apresentada pelo MP”, informou a assessoria.

Procuradoria
Durante a coletiva de imprensa ontem, os promotores que atuam no caso confirmaram que acionaram a Procuradoria Geral da República (PGR) para realizar investigação com os agentes políticos que detém foro em âmbito superior. No entanto, não foi informado quem estaria sendo investigado.

Judiciário já acatou 27 denúncias
A Operação Sinal Fechado, deflagrada em 24 de novembro de 2011, pelo Ministério Público Estadual, resultou na prisão de diversas pessoas, apreensão de centenas de documentos, dezenas de computadores e no sequestro  judicial de bens dos envolvidos.

As investigações apontaram para suposto esquema fraudulento envolvendo membros do Judiciário, Governo do Estado, políticos, empresários e lobistas para falcatruas dentro do Detran/RN, com foco na Inspeção Veicular e a Central de Registro de Contratos.
No dia em que a Operação foi deflagrada, 12 pessoas foram presas em Natal – dentre elas, o próprio George Olímpio e o ex-deputado federal João Faustino.

O Judiciário acatou denúncias contra 27 pessoas e há investigação no Conselho Nacional de Justiça sobre possível participação dos desembargadores Saraiva Sobrinho e Expedito Ferreira, apontados pelo lobista Alcides Fernandes. Não há, no entanto, decisão judicial sobre o mérito da questão.

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