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Robôs como ferramenta de ensino

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Vinícius Menna
Repórter

Construir saber com robôs. Essa é a ideia do projeto Um Robô Por Aluno, desenvolvido na Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN) com o objetivo de levar a robótica para dentro das escolas de ensino fundamental e médio. Com a iniciativa, alunos e professores da Universidade querem transformar a educação de maneira economicamente sustentável e ecologicamente correta.

De acordo com o professor Aquiles Burlamaqui, professor de computação da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) que faz parte da coordenação do projeto, assim que os kits chegam numa sala de aula, as crianças enxergam o equipamento como um brinquedo.

“O olho brilha e tudo flui mais rápido. A criança quer participar. Aproveitando essa característica lúdica da robótica, é possível trabalhar componentes curriculares que ela está vendo na escola”, explica Aquiles Burlamaqui.

Em Português, por exemplo, é possível fazer um palavra-cruzada em um robozinho movimente as e monte as palavras. O mesmo pode ser feito em atividades com mapas, com o robô traçando linhas, com Matemática, ajudando no cálculo de distâncias, e em Física, conforme explica o professor Aquiles.
‘Um Robô Por Aluno’ concede 40 bolsas a alunos de graduação, professores de escolas participantes do projeto e também para estudantes dessas escolas
“Um aluno de mestrado desenvolveu a proposta de uma metodologia para lecionar física com robôs. Ele fez um barquinho para explicar como funciona o Empuxo, fez um elevador para trabalhar a Força”, diz o professor.

Desde de 2003 já existem projetos na UFRN na linha de pesquisa de robótica educacional. O primeiro projeto foi aprovado em 2005 e em agosto começou oficialmente o Um Robô Por Aluno, que concede 40 bolsas a alunos de graduação, professores de escolas participantes do projeto e também para estudantes dessas escolas.

No início, conta Aquiles Burlamaqui, os kits eram muito caros. “Um kit de robótica da Lego custa R$ 2 mil. Quando a gente queria aumentar o número de alunos participantes ficava complicado porque era caro. Aí veio a ideia de economizar tirando a peça mais cara desse kit, que corresponde ao processamento do robô”, diz. Foi quando surgiu  ideia de utilizar um celular

Atualmente, os kits são feitos com papelão, permitindo a redução de um custo que era de R$ 2 mil para cerca de R$ 40 por robô. Para o estudante de Ciência e Tecnologia Diogo Felipe Costa, de 21 anos, um dos líderes do projeto, esse é um dos pontos importantes do projeto.

“Nós tivemos a preocupação de pensar em um viés ecológico do robô. A carcaça dele é de papelão, as rodas são feitas de tampas de achocolatado, inclusive até a placa pode ser feita de papelão. A gente acredita que a ciência tem que ter esses três viés: o econômico, o social e o ecológico, e ele é barato, feito de material reciclável e ajuda a transformar”, avalia Diogo Felipe Costa.

O  Eco-Bot. Como foi apelidado o robô de papelão, tem funcionamento simples, conforme explica o estudante de Ciência e Tecnologia Álvaro Negreiros, de 19 anos, que também é um dos líderes do projeto. “Todo celular emite tons diferentes para cada número que se aperta. Então programamos o robô para que, apertando o número 9, ele vá para a frente, o 6, ele faça uma curva, e por aí vai”, explica Álvaro Negreiros.

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Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN

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Com o projeto ‘Um Robô Por Aluno’, alunos e professores  querem transformar a educação de maneira economicamente sustentável e ecologicamente correta

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