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Rodoviários não descartam greve

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Não houve avanço significativo na negociação entre representantes do Sindicato dos Profissionais de Transporte do Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) e Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e um novo encontro está agendado para a próxima quinta-feira, dia 29. A terceira rodada de negociação aconteceu ontem, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).
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Quatro horas depois do encontro, parte dos trabalhadores, liderados pela oposição à atual diretoria do Sintro/RN, realizou uma paralisação em frente ao Sintro/RN. A greve não está descartada. Os trabalhadores querem reajuste salarial de 16% mais aumento no valor pago pelo auxílio-alimentação, mas os empresários  afirmam que não podem atender o pleito sem que haja aumento de passagem ou ajuda da Prefeitura com diminuição de impostos.

De acordo com o presidente do Sintro/RN, Nastagnan Batista, as conversas com os empresários são consideradas positivas, mas há um prazo para que o pleito seja atendido. “Decidimos que vamos esperar até o quinto dia útil de junho. Se não tiver reajuste, haverá paralisação”, colocou.

Na reunião realizada ontem, representantes do Seturn colocaram que não podem conceder reajuste salarial se não houver uma contrapartida por parte da Prefeitura do Natal. A ajuda da administração municipal seria através da autorização de aumento no valor da passagem – hoje custa R$ 2,20 – ou pagamento de subsídio. O representante da Semob presente ao encontro não comentou o assunto e ficou de levar a proposta dos empresários para análise do Executivo.

O assunto é polêmico. Em agosto do ano passado, ou seja, logo após a onda de protestos que pediam, entre outras exigências, a redução da tarifa do transporte coletivo, o Seturn notificou a Prefeitura de Natal extrajudicialmente pedindo um reajuste de R$ 0,13 na tarifa. À época, o Seturn queria que a Prefeitura repassasse, mensalmente, um subsídio no valor de R$ 1.027.505,54 para compensar as perdas geradas com a falta de reajuste na tarifas. O setor está há quatro anos sem reajuste tarifário.

O salário de motoristas é de R$ 1.451,25 e vale-alimentação de R$ 197,55. Cobradores têm salário de R$ 890,00 e vale-refeição de R$ 134,00. O Sintro/RN exige um aumento de 16% e a fixação de vale-alimentação no valor de R$ 450,00 para ambas categorias.

Por volta das 16h de ontem, um grupo de motoristas liderado pelo ex-vereador e ex-presidente do Sintro/RN, Júnior Rodoviário, realizou uma paralisação que durou aproximadamente 40 minutos, na frente do sindicato.

De acordo com Nastagnan Batista, o protesto foi organizado por um grupo de oposição e não foi informado para a categoria. Os passageiros dos ônibus foram orientados a descer dos veículos para seguirem a pé. A paralisação causou grande engarrafamento nas proximidades do Baldo.

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