Aura Mazda
repórter
A Copa do Mundo no Brasil começa nesta quinta-feira (12) e a greve de motoristas e cobradores de ônibus em Natal – uma das cidades sede do mundial – também. A capital amanhece com 30% da frota de ônibus em circulação, o equivalente a 186 veículos. A decisão da greve foi mantida, após audiência de conciliação, realizada ontem, entre os representantes da Prefeitura do Natal, Sindicato dos Profissionais de Transporte do Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) e o procurador do trabalho, Xisto Tiago de Medeiros, em que as partes não chegaram a um acordo. 
Na manhã de hoje, Sintro e o Seturn vão analisa as propostas apresentadas pelo procurador. Os rodoviários têm assembleia às 8h. Depois, levam a resposta da categoria para nova reunião de conciliação que ocorre hoje, às 10h, no MPT.
#SAIBAMAIS#Ontem, enquanto a negociação se desenrolava, opresidente do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN), desembargador José Rêgo Júnior, concedeu liminar em ação cautelar ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Intermunicipal de Passageiros do Rio Grande do Norte (Setrans/RN), em que garante o funcionamento mínimo das linhas operadas pelas empresas do transporte metropolitano e intermunicipal.
A decisão determina, sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil, em caso de descumprimento, que o Sintro/RN garanta a circulação de, no mínimo, 70% da frota no horário de pico e de 50% nos demais horários. Ao ser questionado pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, quanto ao cumprimento da decisão, o presidente do Sintro, Nastagnan Batista afirmou que a ordem do TRT será cumprida. No entanto, observou que ela não se aplica ao transporte urbano de Natal.
A “decisão não se discute, se cumpre, mas ela se aplica apenas ao transporte intermunicipal”, ponderou. Por isso, segundo ele, apesar de o TRT determinar o funcionamento mínimo das linhas operadas pelas empresas do transporte metropolitano e intermunicipal, com pelo menos 70% da frota funcionando em horários de pico – das 5h às 9h e das 16h às 20h – e de 50% nos demais horários, na capital potiguar a frota irá operar com 30%. “O transporte em Natal é municipal e não intermunicipal ou metropolitano”, pontua Nastagnan.
De acordo com Elequicina dos Santos, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) já entrou com o pedido de ilegalidade da greve. Ela afirma que caso a greve persista, a Prefeitura já tem um plano de funcionamento, que seria autorizar outros tipos de transporte, como vans escolares e alternativos a fazer o transporte em linhas regulares.
