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Rodrigo Maia tem 10 dias para explicar candidatura

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Por Breno Pires
Agência Estado

Brasília (AE) – A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de dez dias para que o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifeste sobre uma ação do deputado André Figueiredo (PDT-CE), que deseja que o Supremo impeça a possibilidade de reeleição de Maia à presidência da Câmara. A eleição está marcada para o dia 2 de fevereiro.
Rodrigo Maia reúne aliados e tem conversa com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
#SAIBAMAIS#De plantão no Supremo durante o recesso do Judiciário, Cármen pediu urgência no ofício encaminhado a Maia na sexta-feira passada, 13, mas não deu indicativo no despacho sobre se tomará alguma decisão no processo – que chegou ao Supremo já no recesso – ou se encaminhará as respostas ao ministro relator, Celso de Mello, para que ele decida após o recesso. No plantão, ela ainda tem a possibilidade de decidir pautar a discussão para a primeira sessão do Pleno do STF após o recesso, 1º de fevereiro, um dia antes da eleição na Câmara.

Na peça, o deputado André Figueiredo – também pré-candidato à presidência da Câmara – afirma que a candidatura de Maia fere o artigo 57º da Constituição Federal, que veda reeleição para presidentes do legislativo dentro do mesmo mandato parlamentar. O que cabe ao STF decidir é se, devido ao fato de a primeira eleição de Maia ter sido feita para um mandato-tampão, a reeleição estaria cumprindo a Constituição ou não. Rodrigo Maia e aliados têm afirmado que não há descumprimento da Constituição nem das normas internas da Câmara.

Ainda antes do recesso, o partido Solidariedade já havia feito um pedido semelhante ao de André Figueiredo, e o relator, Celso de Mello, solicitou informações à Câmara, que ainda não respondeu ao STF.

Articulação
Mesmo sem ainda ter anunciado oficialmente sua candidatura à presidência da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez campanha ontem, em São Paulo, onde reuniu apoio de parlamentares da oposição, do Centrão e de tucanos.

No primeiro encontro do dia, o novo líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), levou 10 dos 14 deputados paulistas da sigla para uma reunião com o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, no Palácio dos Bandeirantes.

Apesar de o partido apoiar Maia, Alckmin disse que não pretende se posicionar sobre a disputa na Câmara. Em seu discurso, o governador elogiou o deputado do DEM, que, segundo ele, “foi bem” nos poucos meses que presidiu a Casa, mas afirmou que a eleição “é assunto interno dos deputados”.

Antes do deputado do DEM, o governador tucano recebeu na semana passada o também candidato Jovair Arantes (PTB-GO), cujo partido faz parte do Centrão, bloco de 13 partidos encabeçados por PP, PTB, PR e PSD. Jovair foi acompanhado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Afilhado político de Alckmin, o prefeito da capital, João Doria, participou dos dois encontros, mas também não declarou apoio a ninguém.

Após a reunião no Palácio dos Bandeirantes, Rogério Maia participou de um almoço em uma tradicional cantina de São Paulo com cerca de 20 deputados. Ao lado dele na mesa sentaram-se Orlando Silva (PCdoB) e Andres Sanches (PT), que são de partidos da oposição e que ainda não definiram formalmente quem apoiarão.

“O almoço     disse Silva à reportagem. Filiado ao PSD, partido do também candidato Rogério Rosso (DF), o deputado Antonio Goulart também participou dos encontros com Maia na capital paulista.

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