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Rogério Marinho é detido na Zona Norte

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EXPLICAÇÕES - O presidente da Câmara de Natal teve que depor aos policiais federaisO presidente da Câmara Municipal de Natal e candidato a deputado federal, Rogério Marinho (PSB), passou todo o final da tarde de ontem detido no ginásio de esportes do Soledade II. Ele poderá responder por acusações de promoção de carreata, mobilização proibida no dia da votação, e desacato à autoridade.

O vereador foi flagrado em uma suposta carreata, por parte de uma equipe da Polícia Militar, e encaminhado ao ginásio juntamente com cinco veículos e seus respectivos condutores, por volta das 16h. Rogério Marinho foi liberado às 18h30, após prestar depoimento à Polícia Federal e assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

De acordo com a versão do candidato, ele vinha acompanhado de seu “staff” de campanha, em direção a uma escola em Nova Natal, quando os cinco automóveis foram parados por uma viatura da Polícia Militar. O capitão Eduardo Francisco, do 4º Batalhão da PM, teria agido de forma grosseira com os ocupantes dos veículos, ao que o candidato admitiu ter retrucado: “O senhor é um homem grosso e despreparado.”

Ele afirmou ao delegado Antônio Danúzio Teixeira, da Polícia Federal, que não considera a atitude um desacato, por ter sido apenas uma reação à forma como foi tratado e ignorado pelo militar, bem como não aceitou a caracterização de carreata, pois não foi utilizado som e não teria sido distribuído material de campanha.

Já o capitão Eduardo Francisco considerou um desacato a forma como foi abordado pelo vereador. Ele declarou que estava a caminho de uma escola, para averiguar a ocorrência de uma aglomeração irregular de eleitores, quando se deparou com um grupo de cerca de 15 veículos, com bandeiras e adesivos de Rogério Marinho e da governadora Wilma de Faria (PSB), candidata à reeleição.

Eduardo disse ter interceptado a comitiva, mas no momento vários automóveis se dispersaram, restando aos policiais a possibilidade de anotar a placa de apenas cinco deles. Nesse instante, o militar foi questionado pelo candidato. “Ele me chamou de grosso, disse que eu estava  cometendo um abuso e pediu a presença de uma juíza eleitoral.” O capitão entrou em contato com o juiz da 69ª Zona Eleitoral, Fábio Filgueira, que ao chegar determinou que os automóveis e ocupantes fossem levados ao ginásio.

Um novo “mal entendido” ocorreu já em Soledade II. O candidato considerou que poderia sair, porque lhe teriam informado que apenas os condutores prestariam depoimento. Contudo, ao ser questionado pela imprensa do motivo da liberação, o delegado foi pego de surpresa. “Eu não o liberei”. O advogado Alexandre Magno entrou em contato com Rogério Marinho, que retornou ao ginásio. “Onde você estava?”, questionou Antônio Danúzio, quando do retorno do vereador.

Quatro colegas de Câmara Municipal foram ao ginásio prestar solidariedade: Dickson Nasser (PSB), Adenúbio Melo (PSB), Edivan Martins (PV) e Sargento Siqueira (PV). Rogério disse ter sido vítima de diversas denúncias infundadas nos últimos dias.

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