“Não tenho chorado”, respondeu.
“Não, quero dizer, há quanto você vem chorando por dentro?”
“Oito meses “
Carl Ransom Rogers ( Precursor da Psicologia Humanista e criador da Abordagem Centrada na Pessoa) 1902-1987
Ouvi do meu caríssimo Professor Daladier Cunha que estou sempre a falar de Freud. Verdade verdadeira, meu caro professor. Há ,porém , uma afinidade , identificação, similitude na maneira, método e estilo entre eu e meu inesquecível amigo ( meus autores prediletos são meus grandes amigos, conversamos, demasiadamente, quando os leio ) Carl Ransom Rogers, mais conhecido por Carl Rogers .Atuamos, em nossa clínica,de forma semelhante, fazíamos um intercambio verbal entre a pessoa que ajuda e uma pessoa em busca de ajuda . Ouvíamos sem julgá-las, orientá-las a fazer tal coisa como obrigação. Há,infelizmente, psiquiatras e psicólogos , que, no processo de contra – transferência, sentem-se ofendidos quando seus pacientes não cumprem suas indicações . Coitados, esqueceram de ouvi-los e compreende-los . Repito, NÃO PODE HAVER JULGAMENTOS !!! Temos que ouvir não só suas palavras, mas eles mesmos!!!!.
“Ouvir profundamente esse grito humano, profundo, desconhecido, descontrolado e entender muito abaixo da superfície da pessoa “. A pessoa é nosso objeto de estudo e temos que partilhar com ela seus sentimentos de grave intensidade , desespero, dor e angustia. Estas relações interpessoais, gratificantes, ensina-nos a ter um dos sentimentos mais nobres e verdadeiros que podemos vivenciar, experimentar e contemplar:A EMPATIA. Agora explico o porquê de Rogers e eu encontrarmos apavorados, amedrontados, assustados e quase com uma Síndrome de Pânico.
Meu amigo e eu amamos as pessoas e empatizamos com as mesmas, formando laços afetivos sólidos e praticamente indesatáveis, indestrutíveis e indissolúveis.
Outro dia, vi numa reportagem que um hotel no Japão , querendo diminuir o número de funcionários, chegou ao ponto de pôr um monstrinho na recepção. Parecia com um personagem de um seriado infantil o qual meu filho via na TV . O nenêzinho da série era chamado de ” Baby ” e ficava repetindo : ” Quero meu papai, quero meu papai “. Quando eu vi a monstruosidade , criação insólita, senti o que Sartre sentia : a famosa NÁUSEA , um pavor ao ser humano.Quase que também berrava como o personagem BABY:QUERO MEU PAPAI!!!
Creio que estas mentes jovens não leram Arthur C. Clarke e nem viram a fenomenal obra de Stanley Kubrick, onde Arthur Clarke também trabalhou no roteiro. Repasso apenas um trecho : ” A lança, a flecha. a arma de fogo e, finalmente, o míssil teleguiado, lhe deram armas de alcance infinito e poder quase infinito. Sem essas armas, muito embora as tivesse usado várias vezes contra si mesmo, o Homem jamais teria conquistado seu mundo. Nelas pôs o coração e a alma, e muitas elas lhe serviram bem. Mas agora, enquanto elas existirem, os dias do homem estarão contados.”
Em contra partida, a tal barbaridade, esta semana , recebi um áudio do meu queridíssimo amigo-irmão Ruy Schwantes. Somos amigos desde 1973/74,quando fui tratar-me de uma Nevralgia do Trigêmeo com o Dr. Igar Gandra Martins,e hospedei-me na casa de seus pais . Meu querido Ruy afagou-me a alma , coração e as profundezas de meu sistema límbico. Ruy, há mais de 40 anos, ouve-me sem julgar-me. Esclarece situações nas quais encontro-me apavorada. Sentimos,realmente, EMPATIA um pelo outro.
Termino contando-lhes, caros leitores, um segredo tão, mas tão secreto, que ” nem às paredes confesso ” : recebi esta semana um convite amável do meu amigo querido Rogers : Rita, lhe convido para continuarmos como somos. Respondi :” Obrigada, meu amado Rogers, serei e continuarei priorizando o SER HUMANO “.
Desejo a todos um feliz Domingo, pleno de EMPATIA, e até o próximo artigo se o nosso bondoso e misericordioso Deus assim o permitir.!!!