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Roteiro na rede

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Lydia Medeiros

O caminho negociado por PMDB e PSDB foi exposto por Renan Calheiros no Facebook: “Precisamos construir uma saída na Constituição que garanta eleições gerais em 2018 e Assembleia Nacional Constituinte. Fora disso é o imponderável. Tenho convicção que o presidente compreenderá seu papel e ajudará na construção de uma saída.”

Punição nos EUA
A “compra” de políticos relatada pelo executivo da JBS Ricardo Saud pode levar a dupla Wesley e Joesley Batista a enfrentar processos nos Estados Unidos, onde suas empresas também têm sede. Cada um dos 1.829 pagamentos a políticos “comprados” constitui uma potencial violação à lei anticorrupção americana, a Foreign Corrupt Practices Act (FPCA). Hoje, de 104 empresas estrangeiras que têm investigações abertas e ativas relacionadas à FCPA, 30 mencionam o Brasil.

Investigando o xerife
O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) anunciou uma investigação da Comissão de Fiscalização e Controle sobre eventuais omissões da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o xerife do mercado de capitais. Os senadores querem saber como a CVM vigiou a JBS nos últimos cinco anos, período em que conseguiu lucros bilionários na compra e venda das próprias ações, contratos cambiais e derivativos. Em 2014, ano de eleições, a JBS lucrou mais de R$ 8 bilhões no mercado financeiro.

Debaixo do colchão
A Receita Federal submeteu a um pente-fino informações de renda apresentadas por muitos políticos que se candidataram em 5,7 mil cidades, nas eleições municipais do ano passado. Na primeira checagem, constatou que, pelo conjunto das declarações do Imposto de Renda, 16 mil candidatos a prefeito e vereador guardavam em casa mais de R$ 1,8 bilhão. Em dinheiro vivo.

Delações em série
Há uma fila de possíveis futuros delatores na Procuradoria-Geral da República. Mas não há condições físicas e técnicas para recebê-los.

Mudar para ficar como está
O alto comando da coalizão partidária que sustenta o governo Temer busca, desde o fim de semana, uma solução para a crise que permita a renúncia do presidente e dê a ele garantias de que não irá para a prisão. Temer já teria concordado com a ideia, e opções como indulto ou pedido de asilo foram discutidas nas últimas horas. Entre os articuladores estão José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Romero Jucá e Renan Calheiros. O primeiro obstáculo é a escolha de um nome de consenso para substituir Temer, em eleição indireta. A ele caberia acertar uma agenda mínima para a transição até 2018 e convocar uma Constituinte. Gilmar Mendes e Nelson Jobim teriam a preferência do PMDB. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem conversado com senadores, e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, apresentou-se ontem como o garantidor das reformas no Congresso. Há uma corrida contra o tempo: há pedidos de impeachment, as condições de governabilidade perdem força a cada minuto. E as ruas podem melar o jogo.

Cantinho do Moreno
Na hipótese do impedimento de Temer, mesmo que haja flexibilização da lei quanto a prazos de filiação partidária, nenhum integrante da Suprema Corte deverá ser candidato, pois teria que trocar a magistratura por pouco mais de um ano de mandato de presidente da República. No caso de Cármen Lúcia, a renúncia seria dupla, já que ela é também presidente do STF. Por isso, sobre as notícias de que seus pares estranham as especulações em torno do seu nome, ela responde: “Eles e eu.”

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