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Roubo de motos em Natal aumenta em 45%

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Aumentou o número de motocicletas roubadas, este ano, em comparação com igual período de 2019 em Natal. Até o dia 16 de fevereiro, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, foram 201 casos contra 138 no ano passado na capital. Os dados referem-se apenas a roubo — quando há uso de violência — e apontam o que as autoridades já sabem: o roubo desses veículos fomenta a prática de outros delitos.

Apesar das motos serem o principal alvo de furtos e roubos na capital, número de seguros ainda é maior para cobertura de carros

A engrenagem criminosa requer, segundo as autoridades em segurança pública do Estado, adequações às ações das polícias no dia a dia. Especialmente no trabalho da polícia ostensiva, que tem aumentado as abordagens de rua a motociclista, seja através de blitz ou no patrulhamento ordinário. Parte dessas motos é usada para abordagem rápida, em assaltos, e fuga.

Os dados da Polícia Militar mostram que de 101 veículos roubados, na Região Metropolitana de Natal, em janeiro deste ano, 44 eram motocicletas. O número difere da estatística citada acima por serem restritos às queixas feitas no Ciosp, excluindo-se os boletins de ocorrência feita diretamente às delegacias. De acordo com a corporação, 24 motos foram recuperadas. A maioria em blitzes, operações ou em vias públicas, quando são abandonados.

Esse tipo de crime aumentou de maneira ininterrupta no Rio Grande do Norte entre 2015 (primeiro ano compilado) e 2018. Entre esse primeiro ano e 2018, os dados passaram de 1.725 veículos roubados ou furtados para 2.395 (2016), 2.662 (2017) e 2.962 (2018).

A ação do crime acontece na maior parte das vezes por meio do roubo à mão armada: o criminoso rende a vítima, a retira do veículo e foge. Esses crimes são rápidos. Em vídeos que circulam todos os dias em redes sociais, é possível ver que o máximo de duração é de 1 minuto. Nos últimos anos, o roubo (com uso da violência) se tornou mais comum que o furto. Delegados ouvidos pela reportagem afirmam que os veículos se tornaram mais preparados para evitar esse tipo de crime, ao mesmo tempo em que o acesso a armas de fogo foi facilitado.

Nesta terça-feira, por exemplo, um motociclista foi baleado por assaltantes em uma tentativa de assalto, na zona Norte de Natal. Cassiano dos Santos Silva, 32 anos, foi atendido por policiais, que o levaram ao hospital, e não corre risco de morte. Funcionário de uma empresa de ônibus, Cassiano estava a caminho do local de trabalho na sua moto quando foi abordado por um homem armado. Ao invés de parar a moto, ele resolveu acelerar e foi baleado.

Uma vez roubadas, essas motos geralmente são utilizadas para a prática de outros crimes ou são abandonadas – é assim que elas costumam ser recuperadas pela polícia civil. Na semana passada, por exemplo, o criminoso que matou o guarda municipal Carlos Antônio após anunciar um assalto chegou ao Centro de Referência Odontológica Morton Mariz em uma motocicleta de cor verde. Ao verificar a placa, os policiais descobriram que se tratava de uma “placa fria” e desconfiaram se tratar de uma moto roubada.

Há mais de 438 mil motos registradas no Rio Grande do Norte, segundo as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018. O número de automóveis ainda é maior, alcançando a marca de 556 mil. Um terço dessas motos está nas cidades mais populosas do Estado: Natal e Mossoró.

Seguros
Apesar dos alvos da maior parte dos roubos e furtos de veículos serem motocicletas, o número de seguros ainda é maior entre os carros, segundo o corretor de seguros e ex-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, de Capitalização e Previdência Privada (Sincor/RN), Alderi Alves de Moura. Segundo ele, quem mais procura o seguro ainda são proprietários de caminhonetes (como Hilux e Fiat Toro).

Desde que o número de veículos roubados aumentou no Rio Grande do Norte, o preço do seguro encareceu em até 30%. Isso porque as seguradoras começaram a instalar outros equipamentos para tentar aumentar o índice de recuperação, como rastreadores. “Isso já acontece em alguns carros, como a Hilux, o Toro e o Corolla. São carros muito visados. Já as motocicletas tem um índice baixo de seguros”, informa.
Aumentou o número de motocicletas roubadas, este ano, em comparação com igual período de 2019 em Natal. Até o dia 16 de fevereiro, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, foram 201 casos contra 138 no ano passado na capital. Os dados referem-se apenas a roubo — quando há uso de violência — e apontam o que as autoridades já sabem: o roubo desses veículos fomenta a prática de outros delitos.

A engrenagem criminosa requer, segundo as autoridades em segurança pública do Estado, adequações às ações das polícias no dia a dia. Especialmente no trabalho da polícia ostensiva, que tem aumentado as abordagens de rua a motociclista, seja através de blitz ou no patrulhamento ordinário. Parte dessas motos é usada para abordagem rápida, em assaltos, e fuga.

Os dados da Polícia Militar mostram que de 101 veículos roubados, na Região Metropolitana de Natal, em janeiro deste ano, 44 eram motocicletas. O número difere da estatística citada acima por serem restritos às queixas feitas no Ciosp, excluindo-se os boletins de ocorrência feita diretamente às delegacias. De acordo com a corporação, 24 motos foram recuperadas. A maioria em blitzes, operações ou em vias públicas, quando são abandonados.

Esse tipo de crime aumentou de maneira ininterrupta no Rio Grande do Norte entre 2015 (primeiro ano compilado) e 2018. Entre esse primeiro ano e 2018, os dados passaram de 1.725 veículos roubados ou furtados para 2.395 (2016), 2.662 (2017) e 2.962 (2018).

A ação do crime acontece na maior parte das vezes por meio do roubo à mão armada: o criminoso rende a vítima, a retira do veículo e foge. Esses crimes são rápidos. Em vídeos que circulam todos os dias em redes sociais, é possível ver que o máximo de duração é de 1 minuto. Nos últimos anos, o roubo (com uso da violência) se tornou mais comum que o furto. Delegados ouvidos pela reportagem afirmam que os veículos se tornaram mais preparados para evitar esse tipo de crime, ao mesmo tempo em que o acesso a armas de fogo foi facilitado.

Nesta terça-feira, por exemplo, um motociclista foi baleado por assaltantes em uma tentativa de assalto, na zona Norte de Natal. Cassiano dos Santos Silva, 32 anos, foi atendido por policiais, que o levaram ao hospital, e não corre risco de morte. Funcionário de uma empresa de ônibus, Cassiano estava a caminho do local de trabalho na sua moto quando foi abordado por um homem armado. Ao invés de parar a moto, ele resolveu acelerar e foi baleado.

Uma vez roubadas, essas motos geralmente são utilizadas para a prática de outros crimes ou são abandonadas – é assim que elas costumam ser recuperadas pela polícia civil. Na semana passada, por exemplo, o criminoso que matou o guarda municipal Carlos Antônio após anunciar um assalto chegou ao Centro de Referência Odontológica Morton Mariz em uma motocicleta de cor verde. Ao verificar a placa, os policiais descobriram que se tratava de uma “placa fria” e desconfiaram se tratar de uma moto roubada.

Há mais de 438 mil motos registradas no Rio Grande do Norte, segundo as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018. O número de automóveis ainda é maior, alcançando a marca de 556 mil. Um terço dessas motos está nas cidades mais populosas do Estado: Natal e Mossoró.

Seguros
Apesar dos alvos da maior parte dos roubos e furtos de veículos serem motocicletas, o número de seguros ainda é maior entre os carros, segundo o corretor de seguros e ex-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, de Capitalização e Previdência Privada (Sincor/RN), Alderi Alves de Moura. Segundo ele, quem mais procura o seguro ainda são proprietários de caminhonetes (como Hilux e Fiat Toro).

Desde que o número de veículos roubados aumentou no Rio Grande do Norte, o preço do seguro encareceu em até 30%. Isso porque as seguradoras começaram a instalar outros equipamentos para tentar aumentar o índice de recuperação, como rastreadores. “Isso já acontece em alguns carros, como a Hilux, o Toro e o Corolla. São carros muito visados. Já as motocicletas tem um índice baixo de seguros”, informa.

CPM divulga balanço de ações em janeiro
Além dos veículos, os dados divulgados pelo Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), responsável pelo policiamento em Natal e Região Metropolitana, as unidades operacionais que atuam na região efetuaram a apreensão de 51 armas de fogo e 254 munições de diversos calibres durante o mês de janeiro de 2020.

O Comando de Policiamento Metropolitano ainda registrou a captura de 22 foragidos e com mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Norte, os quais foram reconduzidos ao sistema prisional do Estado para o cumprimento de suas respectivas penas privativas de liberdade.

No combate ao tráfico ilícito de drogas e entorpecentes, o Comando de Policiamento Metropolitano registrou no primeiro mês de 2020 a apreensão de cerca de 25 kg de substâncias entorpecentes (maconha, cocaína e crack), totalizando o valor de R$ 4.339,80 em drogas apreendidas.

Já no interior do Estado, com a atuação do Comando de Policiamento do Interior (CPI) e dos Comandos de Policiamento Regionais (CPR’s), a Polícia Militar registrou a apreensão de 37 armas de fogo de diversos calibres, além de 10 kg de drogas (maconha, crack e cocaína) e mais de 42 litros de substância entorpecente análoga a cheirinho de loló (clorofórmio e éter).

Também no interior do Estado, no mês de janeiro de 2020, o Comando de Policiamento do Interior registrou a captura de 23 foragidos e com mandado de prisão em aberto, os quais foram reconduzidos ao sistema prisional do Estado.

Números
101veículos roubados foram roubados em 2020 na Região Metropolitana de Natal

69 veículos foram recuperados

68,31% é o índice de recuperação

Dos 101 veículos 57 eram carros, dos quais 45 foram recuperados 44  eram motos, dos quais 24 foram recuperados

Fonte: Polícia Militar

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