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Salas abertas para os filmes do Oscar

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O público potiguar tem a partir desta quinta-feira (31) a chance de conferir na tela grande três importantes postulantes ao Oscar de Melhor Filme. São eles, “A Favorita”, de  Yorgos Lanthimos, “Vice”, de Adam McKay, e “Infiltrado na Klan”, de Spike Lee. Além deles, continua em cartaz por mais uma semana “Green Book – O Guia”, de Peter Farrely, que também está indicado como Melhor Filme.

Indicado ao Oscar e vencedor do Globo de Ouro, Christian Bale já agradeceu até ao satã pela inspiração ao viver o vice-presidente Dick Cheney, um dos arquitetos da guerra contra o Iraque e da criação da prisão na base de Guantánamo

Indicado ao Oscar e vencedor do Globo de Ouro, Christian Bale já agradeceu até ao “satã” pela inspiração ao viver o vice-presidente Dick Cheney, um dos arquitetos da guerra contra o Iraque e da criação da prisão na base de Guantánamo
#SAIBAMAIS#“A Favorita” está em cartaz no Cinépolis Natal Shopping, com sessões às 18h40, 21h20 e 19h20 (sala Vip). “Vice” também está no Cinépolis Natal Shopping, nos horários das 15h30, 18h20 e 22h (Vip), mas também está sendo exibido no Cinemark Midway, nas sessões das 18h40 e 21h15. Já “Infiltrado na Klan” está apenas no Cinépolis Natal Shopping e com sessão somente às 19h30.
“A Favorita” do Oscar
O longa “A Favorita”, do conceituado grego Yorgos Lanthimos, chega à cerimônia da 91ª edição do Oscar literalmente como favorito. O filme é o recordista de indicações no ano: dez (empatado com “Roma”, de Alfonso Cuarón), incluindo Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Atriz (Olivia Colman) e Atriz Coadjuvante (Emma Stone e Rachel Weisz – cujas personagens rivalizam na tela).

Diretor dos filmes “Dente Canino” (2009), “O Lagosta” (2015) e “O Sacrifício do Cervo Sagrado” (2017), Yorgos Lanthimos aparece agora com a história de desentendimentos da aristocracia britânica do século XVIII, durante reinado da rainha Anne (Olivia Colman). A rainha tem a coroa mas está longe de se mostrar uma governante. Sabendo do despreparo da monarca, Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz) exerce sua influência na corte, principalmente num momento em que a Inglaterra está em guerra com a França.

Reconstituição de época é o forte de A Favorita, com Emma Stone

Reconstituição de época é o forte de “A Favorita”, com Emma Stone
A duquesa, além de confidente e conselheira, também é a amante secreta da Rainha. Mas sua posição privilegiada fica ameaçada com a aparição na corte da jovem Abigail (Emma Stone), a nova criada da rainha. Sarah e Abigail passam a disputar a preferência da majestade, seja nas questões do dia-a-dia, ou na cama.
Segundo o crítico Luiz Carlos Merten, o filme “é opulento, visualmente, enche os olhos com sua reconstituição de época em cenários e figurinos, mas não é necessariamente ‘belo’”. Na opinião do crítico, Lanthimos produz distorções na imagem para mostrar o mundo torto em que vivem as mulheres da trama. “Elas mandam, mas os homens estão sempre ao redor, pressionando, arreganhando os dentes”, escreveu.

‘Vice’: biografia com tons de sátira
Por Beatriz Bulla – correspondente
Dick Cheney é considerado o vice mais poderoso da história, tendo sido um dos arquitetos da guerra contra o Iraque e da criação da prisão na base de Guantánamo. Mas Vice se propõe a ser mais que biografia. Adam Mckay, responsável pelo roteiro e direção, já disse em entrevistas que a história é também sobre o Partido Republicano no país.

Em um misto de biografia, drama e tons de sátira, o longa conta a vida de Cheney, desde a juventude errática até a chegada a Washington e sua iniciação na Casa Branca, durante o governo Nixon. Quando chega a vez de George W. Bush disputar a presidência dos EUA, Cheney é convidado para assumir a vice, um cargo que até então desprezava pela insignificância. Mas, diante de um Bush despreparado, ele estabelece suas regras. Aceita o posto desde que não seja um vice decorativo. Cheney, então, passa a ser responsável pelo aumento do poder do Executivo, pela política externa, as forças armadas e molda parte importante do governo de Bush filho (Sam Rockwell) especialmente após os ataques de 11 de setembro.

O Cheney do filme, assim como os relatos sobre o da vida real, é uma figura sombria (Christian Bale já agradeceu a “satã” pela inspiração), cujos interesses na Guerra do Iraque se confundem com o da empresa que dirigiu e que lhe rendeu cifras milionárias: a petrolífera americana Halliburton. O motor que impulsiona Cheney é a esposa – papel de Amy Adams. Nas telas, Cheney aparece menos apegado a uma ideologia e mais à sede pelo poder. McKay foi criticado nos EUA por subestimar a força de crenças do ex-vice presidente, como a na supremacia dos EUA. Vice é parte de um esforço de pesquisa sobre os poucos registros deixados por Cheney, que ainda está vivo mas foge de entrevistas. “Nós fizemos o nosso melhor”, avisa o filme logo no início, deixando claro que há ficção.

Sobre o enredo, não há dúvida de que McKay consegue traçar a biografia de Cheney de forma crítica, mas ao concentrar todo o poder no então vice-presidente, reduz Washington a um só personagem e retira a complexidade comum às decisões políticas. Ao público já crítico aos republicanos, a história vai bem. Aos demais, o diretor manda um recado na última cena – não se levante antes do final.

Spike Lee contra a Ku Klux Klan
Com mais de três décadas de carreira no cinema, Spike Lee conseguiu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Diretor somente agora, com o filme “Infiltrado na Klan”, que também concorre nas categorias Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trina Sonora, Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante (Adam Driver). Na obra, o diretor retoma com gás novo à crítica ao racismo, destilando seu humor ácido com a história de um policial negro que se infiltra no grupo racista Ku Klux Klan.

Com Adan Driver, filme baseado em fato real conta como um policial negro (John David Washington) ingressa no círculo da KKK


Com Adan Driver, filme baseado em fato real conta como um policial
negro (John David Washington) ingressa no círculo da KKK
Adaptado de uma história verídica (e completamente maluca) que aconteceu nos anos 70, “Infiltrado na Klan” acompanha a trajetória do detetive de polícia Stallworth (John David Washington) numa América marcada por agitação social e forte luta por direitos civis. Ele se passa por um negro racista para poder ser incluído no círculo encontros da KKK, tudo para poder ter acesso a informações privilegiadas e assim derrubar a organização. Stallworth é acompanhado na missão secreta pelo policial branco Flip Zimmerman (Adam Driver).

Além de John David Washington (filho de Denzel Washington, ator que trabalhou várias vezes com Lee) e Adam Driver, o elenco conta com Topher Grace, como David Duke (ex-líder da KKK) e Laura Harrier, que interpreta Patrice, uma ativista da causa negra. A produção é do cineasta Jordan Peele, ganhador do Oscar por “Corra!”.

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