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Salvamentos em meio ao caos

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Genebra  (AE) – A federação da Cruz Vermelha estima que entre 45 mil e 50 mil pessoas foram mortas no terremoto que devastou o Haiti na terça-feira. O porta-voz da Cruz Vermelha, Jean-Luc Martinage, disse que a Cruz Vermelha do Haiti fez a estimativa com base numa ampla rede de voluntários em toda a capital haitiana. Enquanto vários países anunciam milhões de dólares em ajuda humanitária ao Haiti, a população local está cada vez mais desesperada. O principal porto da capital está destruído, o aeroporto está congestionado e o sistema de comunicações continua em colapso.

Sobrevivente é levado para helicóptero de auxílio às equipes de resgate que trabalham nos escombros em Porto PríncipeNo final da tarde de ontem, funcionários norte-americanos informaram que os voos dos Estados Unidos para o Haiti foram retomados, após várias horas de suspensão. Ao mesmo tempo, eles disseram que vários voos fretados receberam a ordem de não voar a Porto Príncipe, a pedido do governo haitiano, por causa da saturação do Aeroporto Internacional Toussaint L’Ouverture.

A torre de controle do aeroporto foi destruída pelo terremoto, mas uma equipe especial dos EUA conseguiu restabelecer o controle das operações do aeroporto. Os voos foram suspensos durante algumas horas porque o aeroporto não tinha mais espaço para aviões e nem combustível para reabastecer as aeronaves, disse um funcionário americanos que pediu para não ser identificado.

O tenente-coronel John Dorrian, porta-voz do Comando Militar Sul dos EUA, disse que os americanos limparam as pistas de pouso, estabeleceram um controle de tráfego aéreo de 24 horas e colocaram em funcionamento os sistemas de monitoração atmosférica e de iluminação do aeroporto.

Milhares de policiais haitianos e forças internacionais saíram às ruas, na quarta-feira, para limpar os escombros, organizar o trânsito e manter a segurança. Porém era pouco o que se podia fazer para conter os saqueadores, que levavam produtos das lojas, enquanto multidões de refugiados desesperados carregavam seus poucos bens resgatados.

Os haitianos que ainda podiam caminhar deixavam às centenas a capital, muitos com maletas e outros pertences sobre suas cabeças. A polícia tentava manter a ordem no trânsito, enquanto ambulâncias e caminhonetes da ONU avançavam com pressa para o centro da capital.

No bairro de Petionville, pessoas usavam apenas suas mãos para escavar um centro comercial destruído. Subindo um pouco pela rua, 200 vítimas, incluindo crianças pequenas, instalavam lonas ou lençóis no estacionamento de um teatro para se protegerem do sol. “A necessidade imediata é resgatar as pessoas presas sob os escombros e então dar comida e água às pessoas”, disse a diretora da organização humanitária norte-americana CARE, Sophie Perez. “Tudo urge”, resumiu.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, confirmou que 36 pessoas que trabalhavam para a entidade morreram no terremoto do Haiti. Do total de mortos, 19 eram soldados, quatro  policiais internacionais e 13 trabalhadores civis. Ban disse que aconteceu “um pequeno milagre” ontem, quando um guarda de segurança da ONU, o estoniano Tarmo Joveer, foi resgatado com vida das ruínas do prédio central da organização em Porto Príncipe. Segundo ele, quase 200 trabalhadores da entidade ainda estão desaparecidos e muito provavelmente sob os escombros. No total, oito funcionários e colaboradores da ONU foram resgatados das ruínas de vários prédios.

Militares mortos

1º Ten. Bruno Ribeiro Mário

2º Sarg. Davi Ramos de Lima

2º Sarg. Leonardo Castro Carvalho

3º Sarg. Rodrigo de Souza Lima;

Cabo Douglas Pedrotti Neckel

Cabo Washington Luis de Souza Seraphin

Soldado Tiago Anaya Detimermani

Soldado Antonio José Anacleto;

Soldado Felipe Gonçalves Julio

Soldado Rodrigo de Souza Lima

Cabo Arí Dirceu Fernandes Jr.

Soldado Kleber da Silva Santos

Subtenente Raniel Batista de Camargos

Coronel Emilio Carlos Torres dos Santos

Desaparecidos

Coronel João Eliseu Souza Zanin

Tenente coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros

Major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho

Major Márcio Guimarães Martins

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