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Samuel Beckett 115 anos

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Alex Medeiros 
Nasceu hoje em 1906, na cidade de Dublin, o dramaturgo, romancista, diretor de teatro e poeta Samuel Beckett, um dos mais influentes intelectuais do século XX. Muitas vezes associado ao “teatro do absurdo” (não à toa foi referência no Brasil para figuras como Augusto Boal e Plínio Marcos), foi um modernista que bebeu na fonte do compatriota James Joyce, de quem se tornou amigo em Paris. Na juventude aprendeu inglês, francês e italiano.
Chegou em Paris aos 22 anos, em 1928, e se firmou como professor de inglês, construindo ali sua vida e carreira. Ao estourar a Segunda Guerra, tornou-se mensageiro da resistência francesa. Eu soube da sua existência em 1978, num texto da saudosa revista Encontros com a Civilização Brasileira (ainda guardo alguns exemplares), onde entre outras obras suas destacava-se “Endgame”, título que duas décadas depois usei como nome de um programa de TV.
Para os leitores do grande artista, aquele que definiu assim um artista, ““ser artista é fracassar como ninguém mais tem a ousadia de fracassar, este fracasso é o seu mundo e esquivar-se disso, a sua deserção”, vai o poema que se intitula…
Sem Título
Meu caminho é na areia fluindo
entre o cascalho e a duna
a chuva de verão 
chove na minha vida,
em mim minha vida 
atormentando fugindo
do começo ao fim
Minha paz está lá 
na névoa que recua
quando posso parar de trilhar 
esses longos limiares mutáveis
e viver o espaço de uma porta
que abre e fecha
Eu sou essa quadra 
de areia escorregadia
entre o seixo e a duna
a chuva de estar 
chorando pela minha vida
em mim minha vida 
que foge de mim me persegue
e o dia do seu começo vai acabar
Querido momento eu vejo você
nesta cortina de névoa que recua
ou não terei mais que percorrer 
esses longos limiares móveis
e vai viver o tempo de uma porta
que abre e fecha.
Mistério
A Conta 100 não pode tornar-se uma conta sem controle externo. Os órgãos reguladores do trato com recursos públicos, como Tribunal de Contas, Controladoria e Ministério Público, devem conferir os caminhos do dinheiro.
CPI Covid
Não é apenas a suspeita no mau uso dos recursos federais para a pandemia, mas principalmente nos casos de desvios em compras (que houve) e também no inexplicável fato de tanto dinheiro não gerar um só hospital de campanha.
Coronavac
Num surto de transparência da ditadura chinesa, o diretor do Centro de Controle de Doenças do país, Gao Fu, foi quem revelou ao mundo, sábado, que a vacina Coronavac de fato não tem eficácia para imunizar ninguém.
Estatística
Os brasileiros acima de 60 anos são responsáveis por 83% das vítimas parciais e letais do coronavírus, mas é uma faixa que representa somente 15,7% da população. E só 5,5% dos entre 19 e 59 anos morreram. Dados do IBGE.
Cremação
A pandemia pode ter atingido também os parcos serviços dos crematórios da cidade. Há alguns dias, uma família viveu uma via crucis para cremar um patriarca, sem achar local disponível. A solução foi levar o morto para Olinda.
Elite
Na sua fantasia de druida de pijama, FHC declarou ao Valor que o candidato da “terceira via” não pode ser um candidato das elites. Deve ter rompido com Lula, que quando presidente se aliou com os banqueiros e os especuladores.
O Melé
Por falar em FHC, é gracioso o plantão sociológico de aluguel a serviço de qualquer ideologia ou perfil de governo. Como a carta versátil do baralho, o “Doutor Melé” tem aparecido nos jogos e nas mãos de vários governadores.
Coríntios
“Onde está o sábio? Onde está o escriba? As coisas loucas deste mundo são para confundir as sábias; e as coisas fracas deste mundo são para confundir as fortes”. A velha epístola de Paulo bem na testa dos novos arautos da ciência.
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