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Santidade: a nossa meta

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Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal
Prezados leitores/as!
Neste domingo, 1 de novembro, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. 
Numa única solenidade a Igreja lembra todos os seguidores de Jesus que se deixaram contagiar pela sua graça e pelo estilo de vida do Filho de Deus. E, também, exorta-nos a que busquemos a santidade, pois esta é a meta de todo cristão, de toda cristã.
“A nossa fé crê que a Igreja, cujo mistério o sagrado Concílio expõe, é indefectivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é com o Pai e o Espírito ‘o único Santo’, amou a Igreja como esposa, entregou-se por ela, para a santificar (cf. Ef 5,25-26) e uniu-a a Si como Seu corpo, cumulando-a com o dom do Espírito Santo, para glória de Deus. Por isso, todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: «esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (1Ts 4,3; cfr. Ef 1,4)” (CONCÍLIO VATICANO II. Constituição dogmática sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 39).
Essas palavras tiradas do importante documento do Concílio Vaticano II, a Constituição dogmática sobre a Igreja, Lumen gentium, nos ensinam que a santidade é a nossa vocação primordial. Isso, porque a ação de Deus de se comunicar a nós realiza, para nós, a experiência da intimidade com Ele. Essa experiência já era vivida pelo povo de Israel, quando proclamava que Deus é “o Santo de Israel”, ou quando se lê no Livro do Levítico: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11,45; cf. 1Pd 1,15-16). O Antigo Testamento reconhece que a santidade de Deus é comunicativa. Ela é fruto da misericórdia, pois só Deus é santo, mas a misericórdia significa “o coração de Deus próximo do miserável (miser + cordis)”, isto é, Deus se aproxima do homem e da mulher, e essa ação santifica-os.
O Papa Francisco dedicou uma Exortação Apostólica ao tema da santidade e nos lembra: “O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propô-la nestes termos: anda na minha presença e sê perfeito (Gn 17, 1)” (FRANCISCO. Exortação Apostólica sobre a santidade no mundo atual Gaudete et Exsultate, n. 1).
Nós todos, membros da Igreja Particular de Natal, povo de Deus nas terras potiguares, temos a grande alegria dos nossos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, terem sido canonizados no dia 15 de outubro de 2017: Santo André de Soveral, Santo Ambrósio Francisco Ferro, São Mateus Moreira, Santo Antônio Vilela Cid, Santo Antônio Vilela, o Moço, e sua filha, Santos Estêvão Machado de Miranda e suas duas filhas, São Manoel Rodrigues Moura e sua esposa, São João Lostau Navarro, São José do Porto, São Francisco de Bastos, São Diogo Pereira, São Vicente de Souza Pereira, São Francisco Mendes Pereira, São João da Silveira, São Simão Correia, Santo Antônio Baracho, São João Martins e seus sete companheiros, Santa filha de Francisco Dias, São Domingos de Carvalho.
Se pela comunhão dos santos, temos todos eles próximos a nós, mais ainda esses trinta santos, que são os nossos conterrâneos, eles que pisaram o nosso solo potiguar. Esta é uma alegria imensa. E é um grande incentivo para todos nós sermos santos também. Que eles sejam imitados na vivência da fé e no compromisso missionários, pois, como afirmou São João Paulo II no dia da beatificação, ocorrida em Roma, no dia 5 de março de 2000: eles são “as primícias do trabalho missionário” nas terras brasileiras.
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