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Santos deu show com os novos Meninos da Vila

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Santos (SP) – Gazeta Press – Primeiro, veio o Campeonato Paulista de 1978. Depois, o título brasileiro de 2002. E, quando muitos pensavam que o ‘raio’ não cairia mais uma vez no mesmo lugar, ele caiu. No Santos. Com uma nova geração de ‘Meninos da Vila’, comandada pelo atacante Neymar e pelo meia Paulo Henrique, o Peixe encantou o Brasil com um futebol ofensivo e goleadas, para chegar ao título do Paulistão deste ano. Mas, assim como das outras vezes, os santistas não iniciaram a competição como favoritos. Após dois anos sem títulos e, principalmente, de uma campanha cheia de altos e baixos no ano passado, quando a equipe ficou apenas em 12° lugar na tábua de classificação do Brasileiro, o Alvinegro Praiano não era apontado como um dos favoritos a erguer a taça de campeão estadual.

Integrantes do chamado ‘trio de ferro’, Corinthians, Palmeiras e São Paulo eram tidos como os principais candidatos ao título. Porém, com a mudança política no final do ano passado, quando Marcelo Teixeira deixou o poder depois de 10 anos, ao perder as eleições para Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, o time da Vila começou a rearticular uma renovação em seu plantel. A primeira mudança aconteceu na comissão técnica. O experiente Vanderlei Luxemburgo foi trocado por Dorival Júnior, um dos treinadores mais promissores da nova geração, que havia levado o Vasco de volta à elite do futebol nacional, ao ganhar a E assim que assumiu a equipe, o novo comandante foi dando a sua cara ao time.

Primeiro, atletas com altos salários e que já não apresentavam o resultado esperado dentro de campo, saíram, como foram os casos do zagueiro Fabão, do volante Rodrigo Souto – que foi parar no São Paulo, após uma troca com Arouca -, além dos atacantes Kléber Pereira e Jean, que deixaram a Baixada Santista, ao não terem seus vínculos renovados.

Outros, de menos expressão, como o zagueiro Eli Sabiá, o lateral esquerdo Triguinho e o meia Felipe Azevedo também não agradaram e tomaram outros rumos em suas carreiras. Com isso, o caminho estava aberto para a renovação.

Equipe foi liderada por duas “pedras preciosas”

Paulo Henrique e Neymar. Essa dupla jovem e talentosa foi a grande responsável pelo 18° título paulista da história do Santos. Revelados nas categorias de base do clube, os dois mostraram por que sempre foram apontados como duas joias raras quando defendiam as divisões inferiores do Peixe, antes da profissionalização.

O primeiro, Paulo Henrique, apelidado de Ganso por um roupeiro da base santista, quando chegou para fazer testes na Vila Belmiro, tem seu estilo próprio. Calmo e de toque refinado, Paulo Henrique ditou o ritmo do meio-campo alvinegro, com passes precisos e até ajudou na marcação quando foi necessário. Mesmo assim, não deixou de marcar gols. Alguns decisivos, como o último da vitória por 3 a 0 sobre o São Paulo, nas semifinais, na Vila Belmiro.

Ganso também mostrou que confia no seu potencial. Na decisão, por exemplo, desrespeitou uma decisão de Dorival Júnior: não aceitou ser substituído contra o Santo André e permaneceu em campo até o final. Já Neymar, que em 2009 surgiu como uma promessa, teve altos e baixos, chegando, inclusive, a ficar no banco de reservas com o técnico Wanderley Luxemburgo, foi o dono da bola no campeonato.

Com grandes atuações, dribles rápidos e gols, o atacante liderou o time rumo à conquista. E essa dupla fez o torcedor voltar no tempo. As goleadas e o futebol bonito apresentado pela equipe chegaram a fazer com que alguns, mais entusiasmados, comparassem esse time ao da época de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Mas os ‘Meninos da Vila’ sempre refutaram essas comparações, destacando o desejo deles em fazer história pelo clube.

Robinho deu impulso ao “Peixe”

Em meio ao seu bom começo no campeonato, o Peixe empolgou a sua torcida como uma boa ‘jogada’ fora dos gramados. Insatisfeito e na reserva do Manchester City, Robinho retornou à Vila Belmiro, por empréstimo. E, logo em sua reestreia, o ‘Rei das Pedaladas’ deixou a sua marca ao anotar o gol da vitória, por 2 a 1, sobre o São Paulo, na Arena Barueri. Era o que faltava para embalar de vez.

Porém, grande sensação da temporada, o Alvinegro Praiano também colecionou polêmicas. No clássico contra o Corinthians, vitória por 2 a 1 na Vila e muita reclamação do zagueiro Chicão, por causa de um chapéu de Neymar, com o jogo parado. Na derrota para o Palmeiras, as dancinhas nas comemorações de gols viraram combustível para a virada alviverde, por 4 a 3, em plena Vila Belmiro. Mas nada que abalasse os ‘Meninos’.

Pelo contrário. As goleadas aumentaram e as exibições ganharam ares de show, com a equipe sendo, inclusive, apelidada de ‘Cirque du Soleil’, após uma brincadeira do presidente do clube, por causa do alto preço dos ingressos para as partidas do time.

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