Aparecida (SP) – O Santuário Nacional de Aparecida, maior centro de peregrinação do País, no Vale do Paraíba (SP), será palco hoje, feriado do Dia da Independência, de manifestações de protesto contra a exclusão social. O evento começa logo cedo, com a concentração de caravanas no Porto de Itaguaçu, local onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada. De lá, os manifestantes partem em caminhada para o Santuário Nacional.
Cerca de 10 mil manifestantes devem participar de dois atos que marcam o 12.º Grito dos Excluídos. O primeiro protesto, às 9 horas, será em frente ao portão principal do Santuário e o segundo, 30 minutos depois, no pátio da Basílica.
“O primeiro será dos trabalhadores excluídos, que estão desempregados. O segundo ato, para denunciar todo tipo de exclusão que há neste país”, informou o coordenador da Pastoral Operária de Santo André, no Grande ABC (SP), Valmir Rezende.
Organizado por comunidades católicas que formam a Pastoral Operária Nacional, o 12.º Grito faz parte da 19.ª Romaria dos Trabalhadores, que reúne pastorais de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. “Durante todo dia, esperamos cerca de cem mil pessoas desses quatro Estados.”
Boa parte assistirá à missa solene, realizada logo depois do Grito, às 10h30, celebrada pelo padre Raymundo Damasceno Assis.
Neste ano, do manifesto falará de indignação, mas, segundo os organizadores, o protesto é apartidário. “Não queremos que nenhum candidato venha. Não é este o objetivo do Grito. Aqui, os candidatos não têm vez e nem fala.”
Representantes de dez países latino-americanos são esperados no ato, que tem o tema “Na força da indignação, semente de transformação”.
“É um grito de repúdio contra a política econômica, a corrupção e a violência que assola o Brasil. Será um momento onde os esquecidos estarão em cena, em destaque”, completou Valmir Rezende.
