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São Paulo perde participação no PIB

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EFEITO - Boom de petróleo tiveram mais avanço na participação do PIBRio – Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia  e Estatística (IBGE) confirmou duas importantes correntes migratórias na economia  nacional: a perda relativa de São Paulo na geração de riqueza e a saída de parcela  significativa da produção das capitais em direção ao interior. O município de  São Paulo continua liderando, com folga, o ranking das maiores economias, mas  perdeu mais 20% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País em de  seis anos. Em 1999, o PIB da principal metrópole brasileira representava 11,6%  do total; em 2004, havia caído para 9,1%.

O recuo, de 2,5 pontos porcentuais,  foi o maior dos 5.560 municípios.  No extremo oposto, duas cidades do interior do Rio de Janeiro, Campos e Macaé,  impulsionadas pelo boom do petróleo, tiveram o maior avanço de participação  relativa: 0,8 ponto porcentual. Os dois municípios sediam o principal pólo produtor  de petróleo no Brasil e, com este combustível, avançam a passos largos na economia.  Mesmo assim, os PIBs das duas cidades reunidos representavam, em 2004, 2,2%  do total, ou seja, quatro vezes menos a participação paulistana. 

O levantamento “Produto Interno Bruto dos Municípios 2004”, elaborado pelo Departamento  de Contas Nacionais do IBGE, comprovou a enorme concentração de riqueza que  outras pesquisas sobre distribuição de renda no País já haviam abordado. “Os  dez maiores municípios são responsáveis por um quarto do PIB nacional e geram  20 vezes mais renda do que os 50 municípios menores”, disse Sheila Zani, coordenadora  do PIB municipal.

Quase metade das cidades brasileiras (2.427) patina com apenas  5% de participação.  Das dez economias municipais mais expressivas, apenas um terço está fora do  Sudeste. Nestas cidades residem apenas 15,1% da população do País. A relação  permanece igual num corte mais amplo, incluindo todos os municípios com participação  no PIB acima de 0,5%. O grupo é de apenas 25 cidades, 16 delas no Sudeste, 9  em São Paulo. Ampliando mais o universo, 68 municípios concentravam em 2004  metade de todas as riquezas produzidas em território nacional. Entre as dez  maiores, situam-se, ao lado de cidades de São Paulo, Rio e Minas, casos isolados  de outras regiões, como Brasília, pela concentração financeira e administração  federal; Manaus, pela Zona Franca e Curitiba, pelas exportações, indústria de  equipamentos agrícolas e produção de eletrodomésticos.

Diversidade garante posição de destaque

A diversidade industrial e a quantidade de estruturas de  serviços (como o aeroporto internacional e centros de distribuição atacadista)  garantem hoje a força econômica de Guarulhos, porque torna o município menos  suscetível a crises. A cidade de 1,2 milhão de habitantes é a nona mais importante  na formação do PIB brasileiro, segundo medição do IBGE para o ano de 2004. Era  a sétima em 2003, mas a queda não ofusca a força.

O município abriga 2,2 mil  indústrias, segundo o Centro da Indústria do Estado de São Paulo (Ciesp).  “Há um grupo de 150 grandes companhias, boa parte multinacionais. O restante  se tornou fornecedora. Guarulhos funciona hoje como um grande arranjo produtivo”,  diz Danieli Pestelli, diretor do Ciesp local.  Além de um benefício fiscal de isenção do IPTU por até 10 anos (conforme a contrapartida),  o surgimento de um pólo industrial diversificado na maior cidade da Grande São  Paulo (fora a capital) decorreu de fatores como a expulsão de pequenas e médias  empresas dos bairros industriais paulistanos, como Tatuapé, Brás e Mooca.  Embora superpopulosa,Guarulhos mantém a capacidade de atrair negócios na área  industrial, mas, principalmente, no setor de logística e transporte.

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