A melhor defesa do último Campeonato Brasileiro ganhou um reforço: o zagueiro Juninho, ex-Botafogo, é mais uma novidade do São Paulo para 2008 – antes, os dirigentes são-paulinos já tinham acertado com o ala Joilson, também do time carioca. A negociação foi finalizada ontem, com o jogador assinando um contrato de três anos. O São Paulo comprou 50% dos direitos de Juninho, que pertenciam à empresa MFD, por cerca de US$ 500 mil (R$ 900 mil) e desbancou Grêmio e Lokomotiv, da Rússia, outros interessados na contratação.
O zagueiro não tinha mais vínculo com o Botafogo, depois que foi dado como garantia a um grupo de empresários em troca de dinheiro em um negócio envolvendo o clube e o meia Zé Roberto, que se transferiu para o Schalke 04, da Alemanha. Aproveitando essa situação, o São Paulo foi atrás do jogador.
As contratações do São Paulo certamente não irão parar por aí. Depois de dois jogadores que fizeram sucesso no Botafogo em 2007, Joilson e Juninho, a diretoria são-paulina ainda deve trazer mais um zagueiro. E a preferência é por Rodrigo, que já passou pelo Morumbi e está no Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Além disso, os dirigentes trabalham para manter o meia Jorge Wagner, cujos direitos federativos pertencem ao Betis, da Espanha.
Palmeiras
A pressão por um nome de peso está emperrando a decisão do Palmeiras sobre o novo técnico da equipe. A diretoria sabe que, se não trouxer um treinador experiente e com títulos importantes no currículo, a tensão criada após a não classificação para a Libertadores será a mesma que ocorreria se a decisão tivesse sido a permanência de Caio Júnior.
A Mancha Alviverde, principal torcida organizada do clube, promete infernizar o ambiente se o Palmeiras contratar um técnico que não a agrade. Para piorar, as opções no mercado são poucas: apenas Vanderlei Luxemburgo, em fim de contrato e Paulo Autuori, esquecido no Al-Rayyan do Qatar, teriam as condições ideais para negociar com o Palmeiras. Para a Mancha, a possível contratação de Dorival Júnior, ex-Cruzeiro, seria “trocar seis por meia dúzia”, como definiu Jânio Carvalho Santos, presidente da torcida.
Corintinthias
Depois do Zaragoza, agora é o futebol grego que está interessado no principal jogador do Corinthians, o goleiro Felipe. A proposta, feita por um time de ponta da Grécia, é de 4,2 milhões de euros (R$ 10,8 milhões), valor superior ao da oferta pelo clube espanhol. Sabe-se que o time é um dos três grandes da Grécia: Olympiacos, AEK (de Rivaldo) e Panathinaikos (de Marcelo Mattos).
Esse será um dos assuntos da reunião entre os empresários do jogador e a diretoria corintiana, na segunda-feira. O encontro pode definir o futuro do goleiro. Dos que fazem parte do elenco rebaixado para a Série B, Felipe é o jogador mais valorizado do clube.
O Corinthians, com quem o atleta tem contrato até 2011, se dispõe a reajustar o salário do jogador em 100% – passaria dos atuais R$ 30 mil para R$ 60 mil. “Mas será um aumento dentro da nossa realidade”, diz o novo diretor de futebol, Antônio Carlos. Além do salário de R$ 60 mil, a diretoria propõe prorrogar o contrato de Felipe até 2012. Empresários do atleta não confirmam esse valor, mas condicionam a permanência do goleiro a um “bom aumento”. “O Felipe é ídolo no Corinthians, tem de ganhar salário de ídolo. Como Rogério no São Paulo, e Marcos no Palmeiras”, diz um dos empresários, Marcelo Goldfarb.
Santos terá eleição para presidente
O Santos começará a resolver suas pendências para a próxima temporada na noite de hoje, após a contagem dos votos da disputa entre o atual presidente, Marcelo Teixeira, e o opositor Paulo Schiff. Os dois disputam quem vai comandar o clube no biênio de 2008/9. A eleição será no salão de mármore da Vila Belmiro, entre as 10h e 18h, e 9.750 associados estão aptos a votar.
Pode votar quem é associado há pelo menos três anos e está em dia com a mensalidade. Cada chapa é composta por 200 candidatos – 150 efetivos e 50 suplentes – ao Conselho Deliberativo.
O atual presidente tenta a quarta reeleição e o sexto mandato alternado – o primeiro foi em 1992/3 -, prometendo manter a política vitoriosa no futebol com Vanderleu Luxemburgo. Schiff foca sua plataforma em uma administração transparente. “O Santos é uma caixa-preta e a gente não sabe o que vai encontrar quando ela for aberta”, disse o candidato da oposição.