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Saúde forma força-tarefa antidengue

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Rio (AE) – O Ministério da Saúde formou, nesta semana, a primeira equipe de uma força-tarefa que atuará em todo o País para reduzir o número de mortes por dengue. São 30 médicos e enfermeiros de seis hospitais federais do Rio que ficarão disponíveis para viajar para Estados com epidemia. Em outra frente, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) enviou para 44 mil associados do Estado o protocolo de atendimento em caso de dengue. As iniciativas são uma tentativa de melhorar o diagnóstico da doença.

O cubano Eric Martínez ministra curso para médicos brasileirosA estudante Carolina Graça, de 22 anos, uma das irmãs confirmadas como os primeiros casos de dengue tipo 4 no Sudeste, recebeu diagnóstico de infecção urinária em Niterói (RJ). No início da semana, Maria Clara Silva Martins, de 1 ano e 9 meses, morreu de dengue hemorrágica, depois de ser diagnosticada com amidalite. As duas foram tratadas em hospitais particulares.

Na rede pública também ocorrem diagnósticos equivocados. A monitora escolar Maria Vilmar do Nascimento, de 44 anos, procurou uma Unidade de Pronto Atendimento, no domingo (20), com fortes dores no corpo e febre. “Fiquei quase oito horas na UPA de Botafogo e saí com uma receita de antibiótico para infecção urinária. Só que eu não melhorava”, contou. Maria procurou o Posto de Saúde da Família do Morro Santa Marta, onde mora, e finalmente começou a ser tratada para dengue. Na quarta-feira (23), recebeu oito bolsas de soro. Ontem, mais seis.

A coordenadora geral de Educação em Saúde e Gestão da Secretaria de Estado de Saúde, Andréa Mello, esclareceu que a capacitação de médicos da rede pública tem sido intensificada em todo o Rio de Janeiro – 1.049 profissionais de saúde foram treinados neste ano. “Os professores trabalham com casos recentes, em que se analisa qual foi o equívoco. Também estamos levando equipes para a Baixada Litorânea e noroeste fluminense, onde o número de casos é maior, para trabalhar diretamente com quem está atendendo”, afirmou.

Andréa ressaltou que os profissionais devem sempre levar em consideração que o paciente está com dengue. “É a maior virose que temos no País. É nela que temos de pensar primeiro.”

 A primeira etapa do curso para a formação de uma força-tarefa para a dengue foi ministrada pelo médico Eric Martínez Torres, consultor da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e professor da Universidade Médica de Havana, em Cuba.

As equipes ficarão entre dez e 15 dias nas áreas com epidemia e poderão atuar também na organização dos serviços de saúde locais. “A intenção do Ministério é diminuir a taxa de letalidade da dengue. Atuar nos pacientes que contraíram o vírus da dengue, orientando as equipes de saúde no manejo desses pacientes, identificando os casos de gravidade, podendo tratar esses casos e evitando o número de mortes, principalmente em crianças”, afirmou o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Rio, João Marcelo Ramalho.

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