
A professora da Universidade Federal de São Paulo, que é biomédica, se referia à legislação pioneira que instituiu o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal e regulamentou o uso científico de animais no Brasil. No Congresso, tramita o projeto de Lei 2833/11, que criminalizada condutas praticadas contra cães e gatos, prevendo penas de até cinco anos para quem matar esses animais.
Helena, que vai propor uma audiência pública no Congresso sobre o tema, lembrou que “nenhum país do mundo” proíbe a pesquisa com animais e que a produção de vacinas, que atende não só ao País mas também à África, ficaria prejudicada sem os testes. “Eu trabalho com pesquisas de drogas anticancerígenas e para o combate de trombose. Não tenho como experimentar em humanos. Como isso vai ser feito?”
O seminário antecede o Fórum Mundial de Ciência, mais importante reunião de cientistas do mundo, que será realizado no Rio na semana que vem. São esperados mais de 600 participantes de 120 países. O tema do encontro é “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global”. Visa à promoção do diálogo entre cientistas e governantes e tem como subtemas, entre outros, a desigualdade como barreira para a sustentabilidade e o uso da ciência para lidar com os recursos naturais.
Ontem, o diretor da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, anunciou os termos da Declaração da América Latina e Caribe para a sexta edição do fórum. Os cientistas ressaltam os progressos das últimas décadas na região no tocante ao desenvolvimento econômico e à redução da pobreza, e apontam a necessidade de planejar e implementar estratégias para o desenvolvimento sustentável e também aumentar a cooperação regional.