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Seca faz Sul “importar” energia de outras regiões

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Rio (AE) – A seca no Sul do país levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adotar medidas emergenciais para garantir o abastecimento na região. É o segundo ano seguido que isso acontece. Desde o mês passado, a transferência de energia de usinas do Sudeste e Centro-Oeste para o Sul está no limite da capacidade, em torno dos 4 mil megawatts (MW). Além disso, as exportações de energia para o Uruguai foram suspensas e térmicas a carvão na região foram autorizadas a operar.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, afasta o risco de racionamento e garante que as medidas em vigor são suficientes para manter o nível dos reservatórios até o início das chuvas, que, segundo ele, estão atrasadas este ano. No final de maio, as usinas da região estavam com 30% da capacidade de armazenar energia, ainda distante do piso de 13% estabelecido na curva de aversão a risco elaborada anualmente pela entidade desde o racionamento de energia de 2001.

“Têm entrado algumas frentes frias na região, mas não chove onde precisa chover: em cima dos reservatórios”, lamenta Chipp. A estação das chuvas no Sul começa em abril, ao contrário do resto do País, quando chove mais no verão. Mas, este ano, a estiagem prolongada fez com que a vazão dos rios da região caísse a 15% da média histórica, que começou a ser calculada há 73 anos. “Foi o quarto pior mês de maio desde o início das estatísticas”, diz o executivo.  

O ONS estima que já na segunda quinzena de junho a situação comece a se normalizar, com a queda das primeiras chuvas sobre os reservatórios da região. Chipp informou, no entanto, que a empresa avalia alternativas para ampliar a transferência de energia caso a seca persista.

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