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Seca faz tarifa referência no atacado subir 15%

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São Paulo – As tarifas de referência de energia elétrica no mercado  atacadista subiram para R$ 105,77 por MW/h nos sub-mercados do Sudeste/Centro-Oeste,  Sul e Norte, conforme a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

Esse preço representa acréscimo de 15,61% em relação aos níveis atuais e é o  mais elevado no Sudeste/Centro-Oeste desde o fim do racionamento de energia  elétrica em fevereiro de 2002. No Nordeste o salto foi de 70,07%, com a tarifa  pulando para R$ 49,15 por MW/h em média. 

A pressão nos preços reflete a falta de chuvas no Sul, que tem obrigado o Operador  Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a transferir mais de 5.000 MW médios do Sudeste  para o Sul diariamente, respondendo por dois terços do consumo do Sul. Atualmente,  os contratos de longo prazo das grandes hidrelétricas está em torno de R$ 60  a R$ 80 por MW/h.  Os preços no mercado atacadista não atingem diretamente o consumidor num primeiro  momento, pois servem basicamente para ajustes entre as geradoras e os grandes  consumidores e as distribuidoras de energia elétrica.

Mas sinalizam de forma  clara a quantidade de água disponível nos reservatórios e uma possível elevação  nos preços a médio e longo prazos. Quanto mais água nas hidrelétricas, mais  baixos os preços da energia no mercado atacadista. No início do ano, as tarifas  em todos os quatro sub-mercados estavam em R$ 16,92 por MW/h, que é o piso fixado  pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para essas tarifas. Naquele  período ainda não havia se configurado a seca que está atingindo a região Sul,  a pior nos últimos 50 anos. 

O forte aumento nos preços da energia elétrica nos principais mercados não indica  restrição na oferta de energia a curto prazo. Os reservatórios das grandes hidrelétricas  no Sudeste/Centro-Oeste, que respondem por dois terços da capacidade total do  País, estavam na quinta-feira em torno de 71,32% da capacidade máxima de armazenamento,  o que indica uma “reserva” de 22,42 pontos porcentuais, ou cerca de 40 mil MW  médios, conforme o ONS.  Pelas normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o piso para o  Sudeste para essa época do ano foi fixado em torno de 49% da capacidade máxima  de armazenamento, ou cerca de 88 mil MW médios.

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