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Secretários admitem sair do governo para disputar eleição

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ASSEMBLÉIA - Leonardo confirma interesseA aproximação do fim do  prazo para que auxiliares de primeiro escalão deixem os cargos para a disputa eleitoral em 1º de outubro pode desencadear uma nova reforma administrativa no governo Wilma de Faria (PSB). O secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Leonardo Arruda Câmara, por exemplo, admite sair do governo em 31 de março (seis meses antes das eleições) para concorrer ao mandato de deputado estadual, mas diz que antes pretende conversar com a governadora. Leonardo Arruda foi um dos secretários que não pediu exoneração do cargo em dezembro de 2005, quando a Wilma de Faria anunciou que qualquer auxiliar com intenção de disputar mandato eletivo tinha de deixar a administração.

Na ocasião, saíram do governo Gustavo Carvalho, João Maia e dos deputados Wober Júnior (PPS) e Márcia Maia (PSB), que voltaram à Assembléia Legislativa. Uma exceção ficou por conta do deputado Nelson Freire(PSB), que só deixou o cargo de Secretário Estadual de Turismo às vésperas de reassumir o mandato em 15 de fevereiro. Até hoje o cargo continua vago, assim como a nomeação dos dirigentes do DER-RN indicados pelo PMN, partido presidido no Rio Grande do Norte pelo presidente da Assembléia, deputado Robinson Faria.

No final de março, ainda podem deixar o governo os secretários estaduais Rui Pereira (Saúde Pública), que é o nome do PT para compor a chapa majoritária com o PSB na campanha de reeleição da governadora Wilma de Faria, e Vágner Araújo, que ainda poderá sai candidato a deputado estadual. Leonardo Arruda disse que explicou a governadora, em dezembro, que sua prioridade “era lutar pela reeleição dela” e só não sair da Sejuc porque tinha metas a cumprir. Segundo Arruda, sua prioridade continua sendo de ajudar na reeleição de Wilma de Faria,  mas algumas condições que o impediam de sair candidato foram, praticamente, superadas, como a implementação de projetos de ressocialização de presidiários e as condições para a desativação da Penitenciária “João Chaves”, na Zona Norte, que proporcionalmente, segundo ele, tem um dos baixos índices de carceragem do Brasil.

Depois de ter exercido quatro mandatos na Assembléia e de ter base eleitoral em duas regiões importantes do Rio Grande do Norte, Agreste e Alto Oeste, Arruda se acha em condições de voltar a disputar mandato eletivo. “Eu tinha um desafio por completar e isto era inviável em dezembro”, afirmou Arruda. Outros auxiliares com chances de disputar a eleição são o secretario estadual da Colonização e Reforma Agrária, Francisco Canindé de França, e o coordenador da Região Metropolitana de Natal, ex-vereador George Câmara.

Agnelo Queiroz anuncia saída da administração

No governo federal, o prazo para desincompatibilização dos ocupantes de cargos na administração pública no final deste mês também começa a motivar pedidos de demissões. O primeiro a oficializar a saída foi o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, que deve deixar o posto até o dia 31. Ontem, ele comunicou a decisão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outros integrantes do primeiro do governo Lula devem tomar o mesmo rumo até o final do mês. O secretário nacional de Pesca, José Fritsch, é considerado como um nome certo para deixar a equipe de auxiliares do presidente da República. O PT de Santa Catarina já aceitou a indicação Fritsch para candidato ao governo do Estado.

Os demais ministros que sinalizaram com a intenção de deixar o governo foram: Jaques Wagner (Relações Institucionais) e Alfredo Nascimento (Transportes), Ciro Gomes (Integração Nacional), Hélio Costa (Comunicações), Paulo Bernardo (Planejamento) e Marina Silva (Meio Ambiente). Há rumores sobre a possível saída do ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, que teria a intenção de ser vice de Lula numa aliança entre PT e PTB.

A formação da equipe de coordenação da campanha de Lula também deve desfalcar o primeiro escalão do presidente. Além de Jaques Wagner, são cotados para assumir a coordenação os ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral) e Antonio Palocci (Fazenda). Este último, considerado a “jóia da coroa”, pode ceder o cargo de ministro da Fazenda para o atual secretário executivo, Murilo Portugal.

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