Lauro Jardim
Henrique Mandetta, agora ex-ministro, deixou para trás uma série de vícios que faziam parte de sua rotina – um dos mais importantes, o cigarro. Mandetta parou de fumar no mesmo período em que surgiu o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, perto do Carnaval.
Líder da oposição?
Constatação: quase seis meses depois de ter sido libertado, Lula está cada vez menor politicamente, mesmo diante de um governo federal que tem se esfarinhado diante dos brasileiros.
Pé e mão
Rodrigo Maia anda tão cuidadoso com a Covid-19 que, para entrar na casa onde mora o presidente da Câmara, em Brasília, o convidado precisa cobrir os sapatos com um revestimento descartável e lavar as mãos com álcool gel.
O preferido
Rodrigo Maia não fala do tema publicamente, mas líderes do Centrão dão como certo que o seu candidato à própria sucessão na presidência da Câmara, em fevereiro de 2021, é Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). Isso, claro, se não aparecer uma reeleição no meio do caminho.
Que Posto Ipiranga que nada. Em privado e em reuniões ministeriais, Jair Bolsonaro só chama Paulo Guedes de PG.
Quem diria
Milagres dos tempos de Covid: Paulo Guedes tem conversado com José Serra. E tem elogiado o tucano.
Um dia após o outro
Pesquisas telefônicas de um grande instituto, feitas antes do discurso num ato golpista e sobretudo antes de da explosiva demissão de Sérgio Moro, mostravam que a aprovação de Jair Bolsonaro estava em leve viés de subida.
Preocupado em mudar o modo de se fazer política no Brasil, Jair Bolsonaro prometeu o FNDE a Arthur Lira, líder do PP, figura de relevo do Centrão, e réu em dois processos na Lava-Jato no STF. O FNDE, que até dezembro tinha na presidência um indicado de Rodrigo Maia, gere o maior orçamento do MEC – cerca de R$ 50 bilhões anuais.
Sem cupido
As piscadelas de Jair Bolsonaro para o Centrão começaram a surtir efeito. Ciro Nogueira prometeu a Rodrigo Maia que o PP não iria traí-lo nem deixá-lo isolado, mas avisou que o partido manterá contato direto com o Palácio do Planalto – em outras palavras, não precisa mais do presidente da Câmara dos Deputados para negociar com quem manda.