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Seis e meia: numa noite de chuva quase primavera

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Por João da Mata Costa

Noite do dia 25 de agosto de 2009. No Teatro Alberto o projeto seis e meia. A Atração dita local suplantou a Nacional. Uma noite memorável. O show local homenageava dois dos maiores músicos do estado do RN. Tonheca Dantas e Felinto Lúcio. Dois seridoenses oriundos da grande escola que são as Bandas de Musica. Foi assim, emocionado, que o saquisofonista da banda do Paulo Lúcio, se sentiu ao chegar ao Teatro e viu uma foto de uma banda de Musica. Paulo Lucio (filho de Felinto) no violão deu um verdadeiro show com um repertório impecável da musica internacional. Um violon-leader que faz falar o violão. Um exímio tocador que faz honra á grande família seridoense. Nos teclados, seu filho. Todos da mesma família.

Para completar – não acreditei – a presença do filho de Tonheca Dantas aos 92 anos. Paulo Lúcio termina o seu show histórico tocando a célebre Royal Cinema. Uma ovação. Uma consagração. Pergunto ao filho do Tonheca, que também é musico, se ele recebe muito dinheiro com os direitos autorais de Royal Cinema. Ele responde: – não recebo nada. Parabenizo ao grande Paulo Lúcio e digo que estou muito orgulhoso pois sou oriundo da grande civilização do seridó.
 
Ângela Maria

A sapoti mostra uma grande vitalidade nos seus mais de oitenta anos de uma gloriosa carreira de diva da música popular brasileira. Suas musicas são clássicos eternos. Toda a platéia canta numa consagração. Uma musica é tiro certo para arranjar parceiro (a). As mulheres, em maior numero, cantam melhor. Agora os homens: começa sozinha uma louca. Ângela repete: – eu disse os homens. Muito tímidos, não cantaram muito bem: Venha de onde vier/ chegue de onde chegar / aquele amor que sonhei / Virá que eu sei / É só esperar/ Venha de onde vier / Chegue de onde chegar / Encontrará Cinderela…
Um dos grandes clássicos do repertório angelamariano. Um pouco gripada já não atinge os agudos que consagraram a Babalúuuuuuuuú. No show a platéia foi destaque. Uma platéia madura que conhecia e cantava todo o repertório. Uma dádiva para qualquer cantor. Uma noite de chuva quase primavera inesquecível.
 
O seis e meia

O seis e meia é um projeto vitorioso de quinze anos. Está sempre em crise. Os cachês estão atrasados. Como acontece com as coisas da cultura. Tenho ido menos pois os shows  se repetem. Muita mesmice.
A locutora lembra dos 15 anos do projeto e faz uma homenagem á cantora Odaíres. Fico emocionado ao ouvir os nomes dos amigos Enoch, Mirabô, Marcos Silva, etc. que fazem parte da sua vida musical. E da nossa. Lembrar, também, que o Seis e meia é um filhote já debutante do grande projeto Pixinguinha que encantou o Brasil desde a década de 70 do século passado. Muitos shows memoráveis nós vimos. Muitos shows ainda desejamos ver no seis- e- meia.
A benção meus queridos Tonheca Dantas e filho, Felinto Lucio e Filho e toda essa grande família seridoense de músicos fabulosos. Não deixem a banda parar!!! Só a podre da nossa política.
 
PS. Cadê o meu querido Belchior?  Quero vê-lo novamente em Natal. Desejo imensamente ler a sua tradução para a Divina Comédia, de Dante Alighieri.

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